
A Bayer encerra hoje as comemorações dos 100 anos da empresa em Portugal com o lançamento de um livro com os momentos mais marcantes da sua história, como o início da comercialização da Aspirina e da pílula anticoncecional.
“Estamos aqui há 100 anos e já estamos a começar a trabalhar para os próximos 100”, disse à agência Lusa o presidente da empresa, João Barroca, recordando que a história da Bayer “passa muito pelas soluções inovadoras que trouxe para a sociedade”.
Um dos momentos que marcam a história da empresa aconteceu em 1952, quando colocou nas farmácias das cidades e vilas mais importantes anúncios para indicar a presença de uma farmácia e ao mesmo tempo que fazia publicidade à Aspirina.
“A Aspirina e a pílula foram considerados dois produtos que tiveram um impacto enorme na saúde e na qualidade de vida das populações, mas tivemos muitos mais produtos, em muitas áreas terapêuticas”, observou.
O futuro passa pela aposta na investigação: ”É o que sabemos e nos propomos a fazer. É procurar quais são as doenças que hoje ainda não têm solução e quais serão os problemas no futuro".
Atualmente, a empresa está a pesquisar os tromboembolismos, que matam mais do que o cancro da próstata ou da mama. “Se trouxermos soluções para prevenção desta doença estamos a contribuir para a melhoria da qualidade de vida das populações e da economia”, justificou Luís Barroca.
Em 2010, a Bayer apostou mais de três mil milhões de euros em investigação a nível mundial. Em Portugal, a empresa não tem um centro de investigação próprio mas investe mais de "um milhão de euros por ano "na área de investigação clínica”, garantiu.
A empresa não passou imune à crise: “Sabemos a realidade do país e, portanto, nós não somos exceção” e, “basicamente, não tem existido crescimento no negócio”.
“Há sempre momentos difíceis, dificuldades que aparecem, mas se mantivermos confiança no futuro e procurarmos trabalhar em conjunto e fazer foco naquilo que nos diferencia, neste caso, a inovação, conseguimos ultrapassar as dificuldades”, frisou.
Outra aposta da empresa é a formação dos trabalhadores: “Em 2009 investimos, em média, por colaborador, 60 horas de formação e cerca de 600 euros em cursos e ações de formação”.
No dia em que terminam as comemorações do centenário da empresa, João Barroca quis deixar uma mensagem: “Podemos ter momentos mais difíceis, mas percebemos que muitos destes momentos até fizeram a empresa crescer e ser mais forte. É isso que esperamos que o país também consiga fazer e nós como empresa vamos dar o nosso contributo para isso”.
15 de fevereiro de 2011
Fonte: LUSA/SAPO
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