8 de março de 2013 - 11h35
O Hospital Termal das Caldas da Rainha voltou a suspender os tratamentos termais devido à presença da bactéria Legionella Não Pneumophila em valores superiores aos normais, informou a administração do Centro Hospitalar do Oeste.
“As últimas análises periódicas realizadas à água detetaram [na quarta-feira] um número superior ao normal da bactéria Legionella Não Pneumophila”, informou o Centro Hospitalar do Oeste (onde se integra o Hospital Termal), justificando o encerramento do serviço de balneoterapia.
De acordo com o presidente do Conselho de Administração, Carlos Sá, o hospital está "a tentar resolver o problema o mais rapidamente possível”.
“Não conseguimos prever uma data para a reabertura, o que só acontecerá quando as análises comprovarem que estão restabelecidos os valores normais”, acrescentou.
O mesmo responsável assegurou à Lusa que “estão a ser implementadas medidas de despiste da bactéria e correção da situação”.
A suspensão da atividade do Hospital Termal envolve apenas a área de hidrobalneoterapia.
Os restantes serviços - internamento de ortopedia, as consultas de psiquiatria e os tratamentos de medicina física e de reabilitação - mantêm-se em funcionamento.
Os tratamentos hidrobalneoterapia estiveram suspensos pela última vez entre julho de 2012 e 02 de janeiro deste ano, devido à presença de legionela, uma bactéria que fez com que os parâmetros microbiológicos da água mineral natural não cumprissem os requisitos legalmente exigidos.
Três dias antes de a Comissão de Utentes “Juntos pelo Nosso Hospital” ter agendado uma jornada cívica exigindo “soluções de futuro” para o Hospital Termal, o serviço foi reaberto por não haver “indícios de qualquer bactéria na água”, explicou nessa data Conceição Camacho, chefe do serviço de Hidrologia do Hospital Termal das Caldas da Rainha.
As sucessivas suspensões da atividade têm gerado protestos da comissão de Utentes “Juntos pelo Nosso Hospital”, que exige a implementação de “soluções estruturantes para o hospital e todo o seu património”, afirmou à Lusa António Curado.
Em causa estão as soluções defendidas num estudo de reorganização dos cuidados hospitalares da região Oeste, elaborado pela Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) e que prevê a “concessão do Hospital Termal a uma entidade empresarial do ramo do Turismo Termal, de modo a garantir a gestão adequada do edifício e dos equipamentos termais associados”.
Lusa