Habitantes do concelho de Avis (Portalegre) ocuparam ontem o centro de saúde local, em protesto contra a redução de horários daquele espaço e fecho de extensões de saúde na região.

Em declarações à agência Lusa, o presidente do município local, Manuel Coelho, adiantou que esta decisão “partiu do povo” ao longo da manhã, enquanto decorria mais uma ação de protesto, promovido pela autarquia, junto ao centro de saúde de Avis.

“A vontade popular assim decidiu e a vontade do povo é ficar aqui até às 20:00”, disse.

De acordo com o autarca, o protesto no interior das instalações daquela unidade de saúde é “pacífico”, embora esteja presente um militar da GNR.

Contactado pela Lusa, o porta-voz da Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano (ULSNA), Ilídio Pinto Cardoso, escusou-se a prestar esclarecimentos sobre esta situação.

A ULSNA decretou que desde hoje, dez centros de saúde do distrito de Portalegre têm redução de horários de funcionamento (menos uma hora diária), por estarem inseridos em zonas com menos de sete mil utentes.

Esta medida abrange os centros de saúde de Castelo de Vide, Marvão, Alter do Chão, Crato, Gavião, Avis, Fronteira, Sousel, Arronches e Monforte.

Os dez centros de saúde abrangidos pela medida vão passar a funcionar entre as 08:00 e as 18:00 ou das 09:00 às 19:00, nos dias úteis, e das 09:00 às 13:00 aos sábados, domingos e feriados.

A ULSNA decretou ainda que, a partir do dia de ontem, 13 extensões de saúde no distrito de Portalegre, de entre as quais três em Avis (Alcorrego, Valongo e Maranhão), encerram.

A ULSNA indica ainda que o concelho de Nisa é o mais afetado ao ver fechar portas as extensões de saúde de Arez, Monte Claro, Salavessa, Pé da Serra e Velada.

No concelho de Marvão encerram as extensões de saúde de Escusa, Galegos e Alvarrões e no concelho do Crato a extensão de Pisão, ao passo que Campo Maior ficou sem a extensão de Ouguela.

02 de novembro de 2011

@Lusa