“Estou dominado por um sentimento de culpa, de remorso e culpo-me”, disse Ma Guoqiang, secretário do Partido Comunista Chinês em Wuahn, referindo-se à forma como administrou a crise viral nos seus primeiros dias.
“Se eu tivesse adotado fortes restrições mais cedo, o resultado teria sido melhor do que é hoje”, disse o comissário político durante uma entrevista conduzida na estação televisiva estatal chinesa CCTV.
A admissão de culpas do dirigente do Partido Comunista Chinês em Wuhan surge depois de as autoridades chinesas terem reconhecido que a capacidade de propagação do novo coronavírus se está a reforçar.
Vírus continua a alastrar
A China elevou para 213 mortos e quase 10 mil infetados o balanço do surto de pneumonia provocado por um novo coronavírus (2019-nCoV) detetado no final do ano em Wuhan, capital da província de Hubei (centro). O anterior balanço registava 170 mortos na China e 7.736 pessoas infetadas.
Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há mais de 50 casos de infeção confirmados em vários países.
A OMS declarou na quinta-feira uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional (PHEIC, na sigla inglesa) por causa do surto do novo coronavírus na China.
Uma emergência de saúde pública internacional supõe a adoção de medidas de prevenção e coordenação à escala mundial. Esta é a sexta vez que a OMS declara uma emergência de saúde pública de âmbito internacional. Para a declarar, a OMS considerou três critérios: uma situação extraordinária, o risco de rápida expansão para outros países e a exigência de uma resposta internacional coordenada.
Comentários