Mafra junta-se a mais 12 municípios que, de acordo com o site da Quercus, já aderiram à campanha ’Autarquias sem Glifosato’, sendo o primeiro no distrito de Lisboa.

Município e freguesias daquele concelho assinaram um ‘Memorando de Entendimento’, em que se comprometem a utilizar alternativas ecológicas para o controlo de vegetação infestante em zonas urbanas, de lazer e junto a vias de comunicação, em vez de produtos fitofarmacêuticos e herbicidas à base da substância ‘glifosato’.

Ao aderir à campanha, Mafra não só deixa de utilizar produtos fitofarmacêuticos à base de ‘glifosato e outros herbicidas, como também se compromete a reforçar o pessoal e a dar prioridade à utilização de meios mecânicos nas limpezas.

“Quando não existam outras alternativas viáveis, nomeadamente meios de combate mecânicos, deverá recorrer-se à aplicação autorizada, por utilizadores profissionais, de herbicida biológico à base de ‘ácido pelargónico’”, refere o memorando.

O município anunciou um investimento de 300 mil euros na aquisição de 11 varredouras de ervas daninhas, a distribuir uma por cada junta, e seis tratores de corte de ervas daninhas para as freguesias mais rurais do concelho.

“Embora os resultados apresentados nos estudos efetuados à toxicidade do glifosato se tenham vindo a revelar contraditórios, sendo que a venda de produtos com essa substância se mantém autorizada pela autoridade nacional, pretendem o município e as freguesia do concelho de Mafra assegurar a adoção de práticas conducentes à garantia do bem-estar dos munícipes”, referem os aderentes no acordo.

As autarquias reconhecem que produtos à base de ‘glifosato’ têm trazido “consequências gravosas para a saúde e para o ambiente”, face ao perigo de serem arrastados para as linhas de água e serem absorvidos por animais.

No âmbito do acordo de adesão, as autarquias comprometem-se também a desenvolver campanhas de sensibilização tanto de utilizadores profissionais, como da população e comunidade escolar do concelho.