Portugal faz parte de uma lista de quatro países da União Europeia — em conjunto com a Suécia, a Roménia e a Bulgária – que a Áustria considera de maior risco relativamente à pandemia, pelo que os seus cidadãos ou os viajantes que provenham desses destinos só podem, a partir de hoje, entrar naquele país se cumprirem as regras agora adotadas.

Os viajantes dos restantes países da União Europeia podem entrar na Áustria sem apresentar qualquer teste nem fazerem quarentena.

A Áustria continua, no entanto, a permitir fazer escalas no país sem qualquer restrição além de só aplicar as novas regras aos austríacos e residentes austríacos que já se encontravam hoje no estrangeiro a partir de 1 de agosto.

A entrada a nacionais de países externos ao espaço Schengen é proibida, exceto em casos justificados, como juntar-se ao seu parceiro caso o domicílio se situe na Áustria.

Entre os países afetados por esta proibição de entrada encontram-se a Rússia, a Bielorrússia, a Ucrânia, a Turquia, a Sérvia, os Estados Unidos e os residentes da província chinesa de Hubei.

Na lista incluem-se também países latino-americanos como o Brasil, o Chile, o Equador, o México e o Peru.

A proibição de entrada de viajantes de países terceiros não abrange as equipas de trabalhadores de saúde nem os diplomatas, embora todos devam fornecer provas de não estarem contagiados pelo coronavírus.

As autoridades austríacas intensificaram as medidas contra o coronavírus na sequência de um aumento no número de infeções que, em maio e junho, era inferior a 50 na maioria dos dias.

Em julho, quase todos os dias têm sido registados mais de 100 novos casos, com casos de 170 positivos num só dia.

O país alpino sofreu vários surtos, sobretudo em matadouros e centros de distribuição de correio, com dezenas de trabalhadores infetados.

O último grande surto foi registado em St. Wolfgang, uma cidade turística numa área de lago da Alta Áustria, quando 50 pessoas foram infetadas de uma só vez.

Até agora, a Áustria, com 8,8 milhões de habitantes, contabiliza 712 mortes por COVID-19.

A pandemia de COVID-19 já provocou mais de 645 mil mortos e infetou mais de 16 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.