A informação, constante de um boletim do ministério da Saúde, significa que na última semana foram confirmados 46 novos casos desta malformação que as autoridades brasileiras suspeitam pode ser causada pelo vírus Zika.

O ministério da Saúde brasileiro indicou ter descartado outros 837 possíveis casos e que a situação de 3.935 doentes com suspeita de microcefalia continua a ser investigada.

No total, foram notificados 5.280 possíveis casos de microcefalia ou outras alterações do sistema nervoso no Brasil, desde que, no passado mês de outubro, o Governo decidiu impor um controlo severo da situação, devido ao aumento de malformações em recém-nascidos.

As autoridades sanitárias brasileiras relacionam o aumento dos casos desta doença com a propagação do vírus Zika, um dos transmitidos pelo mosquito ‘aedes aegypti’.

Leia também: 10 cuidados básicos ao viajar para países com Zika

O boletim refere ainda que, das 108 mortes de bebés registadas desde outubro que poderão ter sido causadas por microcefalia, em 27 casos se confirmou que essa malformação causou o óbito e noutros 11 se descartou tal causa. A investigação dos restantes casos prossegue.

Na semana passada, eram 24 as mortes confirmadas devido a essa doença e 59 as investigadas.

Segundo o boletim do ministério da Saúde, 60,1% dos casos foram comunicados em 2015 e os restantes 39,9% já este ano.

Leia também: A microcefalia faz parte da vida deles há 14 anos

De todos os estados que formam o Brasil, só dois, Amapá e Amazonas, na região norte, não comunicaram até agora qualquer caso suspeito.

O Governo brasileiro, que declarou o estado de emergência sanitária no ano passado devido ao surto de Zika, promoveu diversas ações para tentar eliminar o ‘habitat’ do mosquito transmissor do vírus, que também é portador dos vírus de Dengue e Chikungunha.

A divulgação deste relatório coincidiu com o arranque, hoje, da quarta fase da campanha iniciada pelas Forças Armadas brasileiras no passado sábado para combater o ‘aedes aegypti’, para a qual foram mobilizados cerca de 200.000 militares.