A situação foi avançada pelo chefe de departamento do Controlo de Doenças da Direção Nacional de Saúde Pública do Ministério da Saúde, José Franco Martins, na abertura de uma conferência sobre a raiva.
“Neste momento, os dados estão a ser atualizados, a média anual é de 140 óbitos por raiva todos os anos”, disse José Franco Martins, em declarações à Rádio Nacional de Angola, realçando que todos os anos há um período em que se regista um aumento da notificação de casos de mordeduras e de óbitos por raiva.
O responsável frisou que a raiva, uma vez diagnosticada, tem uma letalidade de 100%, adiantando que em função do surto que foi declarado, o Governo fez um aprovisionamento e aquisição emergencial de vacinas e soro, que já foram distribuídos por todo o país.
“Dar nota que nem toda a mordedura ou quando um cão morde tem raiva, então o trabalho que as unidades sanitárias vêm fazendo e que têm já orientação é de informar, educar, o munícipe sobre a observação do comportamento do animal e também ter algum cuidado com a ferida”, disse.
José Franco Martins sublinhou que o trabalho é multissetorial, no sentido de melhorar a consciencialização não só de técnicos, mas também da comunidade, bem como a sensibilização da população para adoção de comportamentos seguros, sobretudo os portadores de animais.
Por sua vez, a responsável pela promoção da saúde da Direção Nacional de Saúde Pública do Ministério da Saúde, Joseth Sousa, disse que a conferência tem como objetivo principal a troca de experiências entre especialistas e a interação de todos os intervenientes necessários para controlar a área em Angola.
Joseth Sousa realçou que foi feita uma declaração oficial em relação ao aumento de casos de raiva, pelo que se realizou a conferência e “imediatamente a seguir” se irá organizar a campanha de vacinação animal”, a “estratégia principal para este controlo”.
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