A Anaso — Rede Angolana das Organizações de Serviços de Sida e Grandes Endemias –, em mensagem sobre o Dia Mundial de Combate à Tuberculose, que hoje se assinala, refere que a faixa etária entre os 15 e os 39 anos é a mais afetada pela doença em Angola.
Segundo a ONG, Angola está entre os 30 países com maior carga de tuberculose e esta doença “é considerada a terceira causa de morte no país”, depois da malária e dos acidentes rodoviários.
A ONG alertou que Angola “tem limitações de fármacos de primeira linha”, refere a Anaso, observando que o número de casos de tuberculose multirresistente no país “está a aumentar”.
“A recolha de dados é feita de forma deficiente. A taxa de abandono é alta e a taxa de co-infeção VIH/tuberculose está estimada em 12%”, sublinha o comunicado.
De acordo com a organização não-governamental, a população em Angola tem pouca informação sobre a doença e o acompanhamento dos doentes de tuberculose a nível domiciliar “é deficiente”.
“Está na hora de acabar com a tuberculose”, defende a Anaso, considerando, por outro lado, que as organizações da sociedade civil precisam de incluir nas suas intervenções abordagens comunitárias e as unidades sanitárias devem realizar atempadamente o diagnóstico e o tratamento.
Os serviços de tuberculose “devem ser alargados às diferentes unidades sanitárias do país e os fármacos devem estar sempre disponíveis”.
A Anaso recomenda mesmo a criação de um fundo de combate à tuberculose em Angola, referindo que a saúde “é um investimento, não um custo”.
O Programa Nacional da Tuberculose promove hoje uma marcha, em Luanda, sob o lema “Sim, Podemos Acabar com a Tuberculose”, para assinalar a efeméride.
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