Três investigadores portugueses da Egas Moniz School of Health & Science participaram num novo estudo desenvolvido pelo Institute for Health Metrics and Evaluation, que concluiu que os casos de anemia a nível mundial continuam a ser elevados, tendo afetado 1,92 mil milhões de pessoas em 2021.

O artigo publicado recentemente pela Lancet Haematology tem como objetivo ajudar no desenvolvimento de intervenções em saúde relevantes na gestão e prevenção desta condição clínica.

Esta investigação, onde foram analisados dados representativos de 1990 a 2021, relativos a 204 países, alerta para as disparidades persistentes da prevalência desta doença quanto à idade, o género e a localização geográfica. A anemia é um problema de saúde generalizado a nível mundial, associado a maus resultados sanitários, ao aumento da morbilidade e da mortalidade e a custos substanciais para a saúde e para a economia. Estima-se que um quarto da população mundial seja anémico, com o número de casos a ter uma maior representação nas mulheres adultas e jovens, grávidas e crianças com menos de 5 anos.

Vanessa Machado, investigadora na Egas Moniz School of Health & Science, participou nesta investigação internacional e indica que “a principal causa de anemia foi a deficiência de ferro na alimentação (66,2% de todos os casos). A nível global, em 2021, 31,2% das mulheres tinham anemia, em comparação com 17,5% dos homens, sendo que o maior número de casos se regista na África Subsariana e no Sul da Ásia”. Acrescenta ainda que “com estes resultados, pretendemos contribuir para uma Saúde de Qualidade, um objetivo de desenvolvimento sustentável da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas”.

Através deste estudo financiado pela Fundação Bill & Melinda Gates, é possível concluir que, nos últimos 30 anos, o panorama global da anemia melhorou, com a prevalência de casos a diminuir cerca de 4% em relação a 1990, contudo continuam a existir disparidades que preocupam a comunidade científica. Os dados resultantes da investigação poderão ser importantes para desenvolver planos de intervenção e tratamento mais abrangentes, de acordo com o objetivo global de nutrição da OMS, que apela a uma redução de 50% na prevalência da anemia entre as mulheres em idade reprodutiva (15-49 anos), até 2030.

Reconhecendo a qualidade científica e pedagógica dos seus contributos, a Egas Moniz School of Health & Science foi recentemente considerada a melhor universidade privada portuguesa no Ranking de Inovação, pela SCImago Institution Rankings. Para além disso, foi também reconhecida como primeira classificada no contexto dos ODS 1 e 3, respetivamente Saúde de Qualidade e Erradicar a Pobreza, entre as instituições de ensino privadas do país e como segunda no ranking nacional, no Impact Ranking do Times Higher Education.