"Os nossos dados mostram que quase 570.000 profissionais da saúde em toda a nossa região adoeceram e mais de 2.500 morreram pelo vírus. Segundo esses dados, temos até ao momento o maior número de profissionais da saúde infetados no mundo", destacou Carissa Etienne, durante uma videoconferência.

A responsável disse também que, apesar das "tendências esperançosas" na região, "o custo humano desta pandemia continua a ser inaceitavelmente alto, com quase 4.000 mortes por dia nas nossa região" e "nenhum outro grupo tem sentido isso mais agudamente" do que aqueles que compõem a força de trabalho da saúde.

Etienne notou que após "meses de propagação implacável, os casos estão a estabilizar nos Estados Unidos e Brasil", os países mais afetados da região.

No entanto, alertou que ambos continuam a registar a maioria dos novos casos de COVID-19 a nível mundial, "um claro sinal de que a transmissão ainda está ativa".

Etienne destacou que as mulheres, maioria nas equipas de saúde da região das Américas, também são as mais afetadas, representando quase três quartos dos trabalhadores de saúde diagnosticados com COVID-19.

Nos Estados Unidos e México, dois dos países mais afetados pela pandemia, os funcionários da saúde infetados equivalem a um em cada sete casos.

"De facto, Estados Unidos e México representam quase 85% de todas as mortes por COVID-19 entre os profissionais da saúde na nossa região", completou Etienne.

Desde o início da pandemia em dezembro, América Latina e Caribe somam 280.367 mortos (7.437.660 casos) e Estados Unidos e Canadá, 193.854 (6.205.463), segundo uma contagem da AFP com base em fontes oficiais.

Vídeo - O que acontece ao vírus quando entra em contacto com o sabão?