
Como constatava uma funcionária à Lusa, normalmente depois do segundo toque para a aula da 08:30, a entrada já está vazia, ao contrário de hoje que ainda tinha “bastante gente”.
A presença dos alunos é sinal de que há professores em greve, como corroboraram à Lusa as alunas Inês, Raquel e Sara, que estavam a decidir o que fazer depois de o professor de História ter faltado ao primeiro tempo.
São alunas da cidade, mas não vão embora porque têm Geografia a seguir e não sabem se o professor fará ou não greve. Ao início da manhã ainda não havia dados oficiais sobre a adesão à greve, mas a escola está aberta, até porque há professores que não vão fazer greve.
Outra aluna, Sara Pereira disse à Lusa que um professor lhes contou que “gostava de fazer greve, mas esta sexta-feira era um dia difícil para aderir porque é um período de avaliação”.
A greve foi convocada pelas dez estruturas sindicais de professores que assinaram a declaração de compromisso com o Governo, entre as quais as duas federações - Federação Nacional de Educação (FNE) e Federação Nacional dos Professores (Fenprof) - e oito organizações mais pequenas.
A greve arrancou na terça-feira nos distritos de Lisboa, Setúbal e Santarém e na região autónoma da Madeira, tendo passado, na quarta-feira, para a região sul (Évora, Portalegre, Beja e Faro). Na quinta-feira, foi a vez da região centro (Coimbra, Viseu, Aveiro, Leiria, Guarda e Castelo Branco).
A paralisação termina hoje na região norte (Porto, Braga, Viana do Castelo, Vila Real e Bragança) e na região autónoma dos Açores.
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