Alteração de medicamento pode salvar milhares de mulheres no pós-parto

Uma nova formulação da carbetocina, um fármaco que previne hemorragias no pós-parto, é resistente ao calor, ao contrário do medicamento atualmente utilizado, o que pode fazer a diferença na hora de salvar milhares de mulheres em países em desenvolvimento, conclui um estudo da Organização Mundial de Saúde (OMS).

De acordo com estudo publicado no New England Journal of Medicine, cerca de 70 mil mulheres morrem anualmente na sequência de hemorragias pós-parto, deixando também em risco milhares de recém-nascidos.

A nova formulação do medicamento carbetocina, que previne hemorragias pós-parto, pode salvar milhares de vidas, especialmente nos países mais pobres.

Segundo um estudo realizado pela OMS, nos casos de hemorragias ocorridas no pós-parto tem sido utilizado, como primeira opção, a oxitocina, fármaco que necessita de ser mantido a uma temperatura de dois a oito graus Celsius.

Impraticável em países quentes

Tal pode ser impraticável em países em regiões quentes. Porém, o novo estudo da OMS conclui que a nova formulação da carbetocina não necessita de refrigeração e mantém a sua eficácia por pelo menos três anos a uma temperatura de 30 graus celsius e com 75% de humidade, escrevem agências de notícias internacionais.

O estudo envolveu quase 30 mil mulheres grávidas de dez países diferentes, como África do Sul, Argentina, Índia e Reino Unido.

Às participantes, foram-lhes administradas aleatoriamente injeções de carbetocina ou oxitocina. Os investigadores concluíram que a eficácia de ambos os medicamentos foi semelhante.