Num texto escrito em exclusivo para a CNN, Serena Williams revela que no dia depois do parto sentiu muitas dificuldades para respirar devido a coágulos sanguíneos que se formaram e alojaram nos pulmões. "Ainda assim, sinto-me com sorte", diz a desportista e explica porquê.
"Estou muito agradecida por ter tido acesso a uma equipa de médicos e enfermeiros tão incrível e com equipamento de ponta. Eles sabiam exatamente como lidar com esta complicação. Se não fosse o seu cuidado profissional, eu não estaria aqui", descreve a tenista que deu à luz Alexis Olympia no dia 1 de setembro passado.
A cicatriz da cesariana abriu-se por causa da tosse intensa causada pelo embolismo pulmonar. "Fiz nova cirurgia e os médicos encontraram um grande hematoma, um grande coágulo de sangue, no meu abdómen. Tive de voltar à sala de operações para impedir que o coágulo fosse parar aos pulmões", descreve.
Depois de regressar a casa, a tenista norte-americana - detentora de 23 títulos de Grand Slam e quatro vezes medalha de ouro nos Jogos Olímpicos - passou seis semanas em recuperação.
Com base em dados estatísticos do Governo norte-americano, Serena Williams recorda que as mulheres negras nos Estados Unidos têm uma probabilidade três vezes maior de morrer durante ou depois do parto.
"Por todo o mundo, milhares de mulheres têm dificuldades em dar à luz nos países mais pobres. Quando têm complicações como a minha, muitas vezes não há medicamentos, instalações médicas ou médicos para as salvar", frisa, apelando aos leitores para fazerem doações para a Unicef, o fundo das Nações Unidas que tem lutado pelo acesso de mães e recém-nascidos a cuidados de saúde.
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