“Há áreas onde essa atividade menos correta às vezes se reflete com mais frequência”, disse Carlos Baptista, exemplificando com os casos da medicina física e dentária, bem como nos blocos.

Apesar de não existirem levantamentos sobre o impacto financeiro das burlas envolvendo a faturação indevida ao subsistema de saúde dos funcionários públicos (ADSE), estudos internacionais indicam que 10 por cento dos encargos dos sistemas de saúde são faturações indevidas.

“Não sei se Portugal tem este nível [de faturação indevida], mas se for assim é na ordem dos 40 milhões de euros por anos”, disse, lembrando que em 2015 a ADSE gastou 430 milhões de euros em despesas médicas.

O diretor-geral da ADSE afirmou esta sexta-feira que os preços na saúde privada em Portugal são "claramente excessivos”, comparados com “as práticas internacionais” e tendo em conta “a capacidade financeira da população”, considerando que alguns vão ter de descer.

Carlos Baptista falava a propósito das alterações na tabela da ADSE aplicável ao regime convencionado, que entra em vigor a 01 de junho.Estas mudanças, que o diretor-geral da ADSE considera fundamentais para assegurar a sustentabilidade do subsistema de saúde dos funcionários públicos, vão traduzir-se numa redução de custos de quatro milhões de euros para o subsistema e de um milhão de euros para os beneficiários, por ano.