
O acordo, resultado de uma ação coletiva dos mineiros, foi assinado com a presença da imprensa em Johannesburgo após vários meses de negociações. O documento entra em vigor após validação da justiça sul-africana.
O ministro da Saúde, Aaroin Motsoaledi, celebrou o "acordo histórico", que caracterizou de "a ação coletiva mais importante da história do setor de mineração sul-africana".
"O acordo oferece compensações significativas a todos os mineiros afetados", lê-se no comunicado emitido pela comissão de trabalhadores.
A quantia de 5 mil milhões de rands será paga pelos fundos reservados pelas empresas, African Rainbow Minerals, AngloAmerican, AngloGold Ashanti, Harmony Gold, Gold Fields e Sibanye Gold, para indemnizar os seus funcionários.
Em 2016, a Alta Corte de Johannesburgo autorizou centenas de milhares de trabalhadores das minas de ouro, infetados com silicose, a apresentar queixa coletiva contra as empresas.
Os mineiros dizem ter contraído a doença depois de serem obrigados a trabalhar durante anos em condições consideradas perigosas.
A silicose é uma doença pulmonar incurável provocada pela inalação de pó de sílica. Os sintomas caracterizam-se por tosse persistente e problemas respiratórios e a doença aumenta o risco de ficar infetado com tuberculose.
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