
Alguns dos equipamentos dão conselhos. Outros dão ordens. Outros executam por si.
Mas vamos ao que interessa: para os que não têm problemas de saúde - mas são curiosos e querem conhecer a qualidade do seu sono - existem os "wearables". São aparelhos conectados ao relógio, pulseira ou smartphone, que permitem medir os ciclos de sono e despertar o utilizador no momento em que o algoritmo diz que já dormiu o tempo ideal.
Outra novidade do IFA são os dispositivos antirronco. A empresa QuietOn, de dois antigos trabalhdores da finlandesa Nokia, apresentam uns pequenos auriculares que detetam os barulhos do ambiente e divulgam, no seu lugar, ruídos que tranquilizam.
Para criar boas condições na hora de acordar, alguns fabricantes aventuram-se na luminoterapia, uma tecnologia que difunde luz branca com o intuito de reposicionar os ciclos do sono com os do sol.
Outras novidades
Um tanto futurista, a Philips vai comercializar o SmartSleep, uma faixa que cobre o crânio e ao orelhas e que emite um som similar ao de um televisor sem sinal. Supõe-se que esse som torna o sono mais profundo.
Esta empresa holandesa também apresentou o DreamWear, uma máscara nasal que permite enviar oxigénio àqueles que sofrem de apneia do sono - falta de ar durante o período de descanso.
À medida que essas tecnologias se democratizam e que os consultórios médicos se enchem de pacientes que dizem maravilhas sobre estes dispositivos, os profissionais mostram-se céticos.
"Os que não estão satisfeitos com o seu sono, que têm transtornos ou que sofrem de cansaço ou sonolência, devem discutir esses temas com um profissional, sem se importar com o que dizem os seus dispositivos", alerta Ilene Rosen, presidente da Associação Americana de Medicina do Sono (AASM).
Essa obsessão com um sono perfeito tem um nome: "ortosonia", um derivado da ortorexia, a obsessão por comida saudável, que não está catalogada como um transtorno médico.
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