De acordo com o documento, que abrange o período entre 26 de novembro e 02 de dezembro, haverá alterações em 10 pontos da rede de serviço de urgências. Dos 83 pontos existentes em todo o país, 36 (43%) terão constrangimentos em algumas especialidades e 47 (57%) estarão a funcionar em pleno.
Na Região Norte, que tem 29 pontos de urgência, serão afetados 11 urgências em algumas especialidades, no Centro estarão limitados seis dos 17 pontos e na Região de Lisboa e Vale do Tejo 13 das 19 urgências estarão a funcionar condicionadas em algumas especialidades.
A Região do Alentejo tem três dos 12 pontos de urgência limitados e no Algarve duas das seis urgências estarão condicionadas.
No documento hoje divulgado, a DE-SNS volta a lembrar que os serviços de urgência devem dar prioridade à receção/admissão/triagem dos doentes transportados em ambulâncias e encaminhados pelos Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM, para “libertar rapidamente os meios para resposta a novas ocorrências”.
Admitindo que, face às condicionantes da situação atual, pode haver constrangimentos acrescidos no acesso aos serviços de urgência, com principal impacto nos casos menos graves.
A DE-SNS diz igualmente que os cuidados de saúde primários devem reorganizar-se e assegurar períodos de atendimento não programado para doentes com patologia aguda, nomeadamente enviados pelo SNS24.
Quanto aos cuidados hospitalares, devem reforçar as respostas para os casos de agudização de doentes crónicos, já seguidos nas respetivas unidades hospitalares, seja em consulta não programada, hospital de dia ou hospitalização domiciliária.
Mais uma vez, insiste que os doentes devem, sempre que possível, em caso de doença aguda, ligar previamente para a Linha SNS24 (808 242 424).
Em situações de urgência ou emergência, deverão contactar o 112, que encaminhará a chamada para o INEM, acrescenta.
Este é o terceiro plano de reorganização das urgências desenhado pela DE-SNS, que é revisto semanalmente.
Logo no primeiro plano, que entrou em funcionamento a 11 de novembro, a Direção Executiva admitia que a reorganização da resposta na urgência surgiu na sequência da indisponibilidade manifestada por “um número relevante de médicos” para fazerem trabalho extraordinário.
Mais de 2.500 médicos apresentaram já escusas para não fazerem horas extraordinárias além das 150/ano a que estão obrigados.
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