
Embora não seja a causa da doença, sabe-se que os hábitos alimentares podem influenciar diretamente o controlo dos sintomas e o bem-estar geral.
Durante as fases de inflamação ativa, o organismo encontra-se mais sensível, e certos alimentos podem agravar a dor abdominal, a diarreia ou outros sintomas comuns. Nestes períodos, muitos doentes optam por refeições leves e mais frequentes.
Por outro lado, quando a doença entra em remissão, é importante recuperar o equilíbrio nutricional, incluindo alimentos variados e ricos em vitaminas, fibras e minerais – idealmente com acompanhamento de um profissional de saúde. O risco de défices nutricionais é real e pode ter impacto em vários sistemas do corpo, desde a imunidade à saúde óssea.
Uma das principais dificuldades está na falta de orientações universais: não existe uma "dieta para a DII" aplicável a todos. O que resulta para um doente pode não funcionar para outro. Por isso, a individualização da alimentação torna-se essencial, com o apoio de profissionais de saúde, incluindo médicos e nutricionistas especializados em DII.
Além dos alimentos em si, o modo como se come também influencia: refeições em ambiente tranquilo, bem mastigadas e em horários regulares podem contribuir para uma melhor digestão e menor desconforto abdominal. Evitar alimentos ultraprocessados e manter uma boa hidratação são igualmente práticas recomendadas.
A informação de qualidade é uma aliada poderosa. Iniciativas como a rubrica “Dar a volta à DII”, promovida pela APDI, têm ajudado a desmistificar o papel da alimentação na doença, permitindo que cada pessoa construa um caminho mais consciente e adaptado às suas necessidades.
Comentários