A norte-americana “Wine Spectator”, considerada uma das revistas de vinhos mais influentes à escala global, acaba de publicar o seu Top 100 anual com os melhores néctares do mundo. Isto com base na seleção que é feita nos últimos 12 meses pelos editores e provadores, tendo por base milhares de vinhos e a sua qualidade, valor acrescido, disponibilidade e entusiasmo que suscitam.
Quatro referências portuguesas convenceram o júri e, em 2017, a lista dos 100 Melhores do Mundo conta com representantes nacionais nas posições 50, 60, 88 e 94. A abrir a seleção portuguesa, a meio de uma tabela liderada por um vinho norte-americano, Three Palms Vineyard - Merlot 2014 (Duckhorn), vamos encontrar um vinho duriense, o Quinta das Carvalhas Touriga Nacional Tinto 2014 (Real Companhia Velha). Um vinho com fermentação em pequenas cubas de inox, estágio de 12 meses em barricas usadas de carvalho francês. Uma referência da qual foram produzidas apenas 2800 garrafas. Um néctar com “imensa frescura, jovialidade e vigor e com um intenso bouquet de aromas finos com notas cítricas de bergamota, frutos vermelhos e complexas nuances de violeta”, como refere o produtor. Nas garrafeiras o consumidor encontra este vinho por 38,00 euros.
Dez posições depois na lista da Wine Spectator, encontramos no sexagésimo lugar, outra referência lusa, o Colossal Reserva (Casa Santos Lima). De acordo com o produtor estamos perante um vinho “com uma grande concentração no nariz. Aroma extremamente rico com notas predominantes de fruta vermelha madura e algumas notas florais, bem integradas com as notas de especiarias provenientes do estágio em carvalho francês e americano. Na boca, apresenta uma grande complexidade com notas de ameixa e amoras, bem integradas com taninos maduros. O final de boca é rico e elegante”. Boas notícias, o consumidor encontra este vinho a cerca de 7,00 euros a garrafa.
Na posição 88 do Top 100 da publicação norte-americana, figura o Guimaraens Vintage Porto 2015 (Fonseca) um néctar de “aroma intenso, quase inebriante, de frutos silvestres. O frutado é poderoso mas ao mesmo tempo muito fino e complexo. Os aromas densos de amora e cassis são as notas de base para os perfumes mentolados e balsâmicos de ervas aromáticas e o carácter resinoso de esteva. Notas discretas de madeira exótica, alcaçuz e pimenta preta conferem uma dimensão adicional de complexidade”. Cada garrafa orça os 55,00 euros.
Ainda nos 100 melhores do mundo, na posição 98, o Douro Chryseia 2014 (Prats & Symington), um vinho que nasce das vinhas da Quinta de Roriz no Douro e que encontramos nos lineares por 70,00 euros.
Recorde-se que em 2016 Portugal também contou com quatro vinhos entre os cem melhores destacados pela publicação nascida em 1988.
No ano anterior a lista contou com cinco representantes lusos. Precisamos, contudo, de recuar três anos, até 2014, para ver a melhor prestação nacional, com seis vinhos no Top 100, três deles nas cinco posições cimeiras.
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