Seis monocastas que se juntam a outros dois como estreias, lançadas em 2021, e assim refletem a força que a variedade de uva mais expressiva do Tejo tem, não só na vinha, mas também na garrafa, cada vez mais a solo. Este cluster permite também mostrar a plasticidade desta casta, podendo dar origem a brancos frescos e leves; a vinhos mais complexos, ideais para a mesa; a vinhos de sobremesa e até a orange wines ou Fernão Pirão, nome tipicamente atribuído quando vinificados em curtimenta.

Dois dos vinhos trazem consigo novidade em dose dupla, ao serem da autoria de novos intervenientes do Tejo. Têm, por coincidência, o mesmo apelido, mas são de projetos distintos: David Amaral, com o Assinatura David Amaral branco 2020 (6 euros); e Isabel Lima Amaral com o Canto do Marquês Fernão Pires branco 2020 (6 euros). Falando em novos agentes económicos, destaque para a enóloga Joana Pinhão, que à casa retorna, com o seu projeto Casal das Aires, em Alpiarça, lançado em pré-pandemia, mas agora a estrear um peculiar Fernão Pires de Vinhas Velhas, com estágio em barricas e a elevar os Vinhos do Tejo para um patamar acima da média. De 2019, este Casal das Aires custa cerca de 40 euros.

Olhando para o universo de produtores com forte distribuição, nos mercados nacional e externo, vemos a Falua e a Quinta da Alorna a darem destaque ao que de mais identitário se faz na região. Se a primeira optou por dar palco ao Fernão Pires em exclusivo, mas manter uma referência já existente e consagrada, o seu Falua Reserva Unoaked branco (14,49 euros) – que antes vivia de um blend de castas e agora é apenas feito com Fernão Pires do Tejo –, a Quinta da Alorna prepara-se para lançar uma nova marca –Reserva das Pedras (17,99 euros) – destinada a promover as castas emblemáticas da região: um monocasta de Fernão Pires, nos brancos, e um de Castelão, nos tintos. O branco é, por sinal, de 2018, ano em que a Comissão Vitivinícola Regional do Tejo apostou, de forma mais ativa, em promover e capitalizar para a rainha das suas castas. A enóloga Martta Reis Simões esteve no arranque desta “corrente” e, rapidamente, lhe deu vida na adega.

Novo e diferenciador é o monovarietal de Fernão Pires da Quinta da Ribeirinha. Um orange wine, que por isso enverga a marca Contracena, destinada a vinhos “fora da caixa”. Havia já um branco de uvas tintas, feito de Castelão, e agora este Contracena Orange Wine Fernão Pires branco 2020 (14,50 euros).

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