Na impossibilidade de abrir no mesmo espaço, a Suíça regressou à Praça da Figueira. Numa loja mais pequena, sobressaem uma montra generosa e uma esplanada ampla. Ao entrar, o olhar imediatamente recai sobre o painel de azulejos concebido pela Viúva Lamego para o espaço e onde se desvenda a cidade que serve de inspiração ao conceito.

As paredes são pontuadas por imagens de Lisboa dos anos 60 e 70 e, em especial, por uma imagem da antiga pastelaria. A própria arquitetura e os pormenores decorativos colocam o passado e o futuro em diálogo, numa atmosfera marcadamente clássica com linhas e pormenores contemporâneos. O novo espaço, sob a tutela da Primefood, faz a reinterpretação de uma casa emblemática lisboeta.

Pastelaria Suíça reabriu na Baixa de Lisboa e traz os clássicos de sempre
créditos: Divulgação

Ao lado de muitas opções inovadoras, estão aquelas que invariavelmente víamos à mesa na “velha” Suíça. Mantendo as suas receitas originais, estão de volta o Duchesse, o Russo, o Esquimó, o Babá, a Tíbia e o Jesuíta. A par de pequenos-almoços e lanches, a Suíça conta ainda com um leque de refeições ligeiras compostas de salgados, quiches e uma vasta gama de sanduíches. Não falta uma seleção de miniaturas e bombons.

Regressar à esplanada da Suíça continua a ser sinónimo de encontrar a habitual presença de um engraxador. Homenageando uma das mais antigas profissões da baixa, a fachada da nova loja é marcada pela escultura do embaixador da marca. O Sr. Vasco é um autêntico lisboeta, amante de pastelaria e um dos mais antigos especialistas do seu ofício.

suíça
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No início da década de 1920, escreviam-se as primeiras páginas da história da Pastelaria Suíça. A 18 de março de 1922, Isidro Lopes e Raul Moura, concretizavam a escritura da Casa Suissa, mas é a 21 de outubro que abre oficialmente. Nos anos de 1930, ocorre a primeira expansão com a abertura do espaço exterior, que se viria a tornar numa das suas imagens de marca. Nos anos de 1950, a Casa Suissa passa a designar-se Pastelaria Suíça. O dia 31 de agosto de 2018 foi de desgosto para muitos lisboetas. A notoriedade da marca não foi suficiente para manter de portas abertas aquele espaço histórico.

A nova Suíça está de portas abertas no número 5 C da Praça da Figueira.