“A nossa estratégia de criação e expansão passa por implementar esta marca portuguesa em vários pontos do globo, nos quais já estão desenvolvidos laços e parcerias com importadores e distribuidores. A pandemia está a fazer-nos abrandar o ritmo, mas acreditamos que rapidamente estaremos em força em vários países africanos, asiáticos e sul-americanos”, disse à agência Lusa o responsável pela marca e criador da receita da Almbeer.
Segundo Ricardo Fontes, após um investimento inicial de cerca de 200 mil euros, a marca detida pelo grupo FMO viu-se obrigada “a refrear o crescimento internacional devido à pandemia”, avançando apenas em Portugal e na Europa, onde já está disponível em pontos de venda e na distribuição ‘online’ na plataforma ‘dott.pt’.
“Neste momento, enquanto as fronteiras estiverem com estas restrições, queremos que os portugueses façam o teste e provem e aprovem esta nova cerveja”, disse o responsável, garantindo, contudo, que a Almbeer continua “com os olhos no mundo, pronta a receber o tempo quente”.
“Nos países em desenvolvimento (África, Ásia e América do Sul) o consumo de cerveja está em crescimento e queremos estar presentes deixando a nossa marca. Na Europa e América do Norte pretendemos diferenciar-nos através da inovação criando uma alternativa para os consumidores que procuram novos sabores e cervejas com teor alcoólico mais baixo”, acrescentou.
Segundo adiantou à Lusa Ricardo Fontes, a Almbeer “tem já acordos escritos com parceiros em três países africanos (Quénia, Chade e África do Sul) e contatos em andamento para a Índia, Camarões, Congo e Emirados Árabes Unidos”.
Concebida no norte do país a partir de uma receita própria, a marca apresenta-se como uma ‘genuine lager beer’ direcionada para os consumidores “que procuram novos sabores e cervejas com teor alcoólico mais baixo”: “Seguindo a tendência global das cervejas do tipo ‘lager’, tem como objetivo promover o consumo de cerveja em todos os mercados em que for lançada. O tradicional aroma a cereais está presente e o amargo é suave, criando um perfil de uma ‘easy lager’ e aumentando o volume de consumo”, explicou.
De acordo com o responsável, a Almbeer foi desenvolvida “para países cujas temperaturas médias rondam os 20 graus e com um teor alcoólico de 4,5% (ligeiramente inferior aos concorrentes que apresentam valores superiores a 5%), de modo a promover a sua repetição”.
Apontando como objetivo a cinco anos “atingir um volume de vendas de cinco milhões de litros por ano, que se traduz numa faturação estimada de cerca de cinco a seis milhões de euros”, o grupo FMO tem previsto um investimento de 200 mil euros numa “mini fábrica”, a concretizar durante este ano e início de 2021.
“A médio prazo, e intimamente ligado ao volume de vendas que consigamos atingir, não descartamos a construção de uma unidade fabril de dimensão relevante para a produção industrial da nossa cerveja numa fábrica nossa”, disse à Lusa fonte do grupo.
Criado em 2017 e com sede no Porto, o grupo FMO junta várias áreas de negócio complementares, posicionando-se nos setores da construção e turismo e sendo detentor das marcas FMO Apartments e dos restaurantes D’ Avenida e Porto dos Sabores.
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