Nos dez dias que dura o festival, os restaurantes que se lhe associam preparam ementas completas, com entrada, prato principal, sobremesa e bebida, com preços entre os 10,00 e os 20,00 euros. Em comum a todas propostas, o mote do festival, "Os Sabores do Nosso Mar". Desta forma é com pratos de peixe e marisco que até 27 de outubro provamos aquela que é a segunda edição do Sem Espinhas, depois de um primeiro momento em março último.

Aceitaram o desafio da organização, os restaurantes A Fidalguinha, Aquário Marisqueira de Espinho, Avenida 8, Baía Sol, Casa Américo, Casa da Mãe Joana, Casa Papagaio, Casa S. Pedro, Espinho 10, O Pescador, Maragato, Marreta, Ondamar, Os Melinhos, O Quim da Granja, Tasca da Maria e Zagalo.

Em Espinho, é Sem Espinhas que se faz o festival gastronómico do peixe e marisco
Em Espinho, é Sem Espinhas que se faz o festival gastronómico do peixe e marisco créditos: (C)Joao Peixoto

Pratos de bacalhau, caldeiradas, cataplanas, arroz de marisco, feijoada ou açorda de marisco estão entre as propostas de comeres apresentadas pelos restaurantes participantes.

Na página do evento podemos ler que “o povoado de Espinho surge com a vinda de pescadores do Furadouro que necessitavam de uma maior proximidade com os mercados de escoamento, como o Porto. A prática da Arte-Xávega estende-se, assim, a estas águas repletas de sardinhas e cavalas. A presença de pescadores nas praias de Espinho só se acentuou com a vinda de Jean Pierre Mijaule, um francês de Languedoc, que acabou por fundar na região uns armazéns de conservação de sardinhas através da salmoura. Esta técnica passou a ser praticada por vários pescadores que acabaram por se fixar em Espinho definitivamente, pois passaram a ter rendimentos todo o ano e não apenas nos meses de safra”.

“Pelos inícios do século XIX, a população de Espinho desenvolvia-se num amontoado de palheiros, em redor de um largo, conhecido como a Praça Velha, com ruelas que iam dar ao areal onde se encontravam os armazéns de salga e onde guardavam os apetrechos de pesca.

A economia do mar movia homens, mulheres, crianças. A venda, preservação, transformação do pescado foi, desde a sua génese, a base do sustento das famílias de Espinho. Com o passar dos tempos, a indústria local foi-se desenvolvendo neste sentido. A icónica presença da fábrica Brandão, Gomes & Ca revolucionou e definiu o papel de cada elemento da sociedade na economia local”.

“Assim, gastronomia do mar fortalece-se em três linhas. A dos pescadores, nas suas caldeiradas na praia e no peixe na telha. A das suas famílias, com as varinas a tirarem o melhor proveito do que as redes lhes traziam. A da economia local, na transformação, preservação e exportação do que o mar e as suas gentes produziam”.