É engraçado como muitas vezes nos lembramos de momentos da nossa infância, que estavam há muito guardados na memória, por causa de qualquer coisa em que “tropeçamos” já na idade adulta. Há pouco “tropecei” nas páginas de uma revista, e viajei no tempo até aos meus 12 anos.
Entre os meus amigos corre o boato de que não sou grande ás na cozinha. Não sei de onde surgiu essa ideia, tirando aquela tarde em que fiquei encarregue do churrasco num convívio de aniversário, e a carne ficou um pouco... “bronzeada”. Tirando esse percalço, até me oriento bem com os tachos.
Costuma-se dizer que a primeira coisa que as mulheres reparam num homem é o sorriso, ou as mãos, ou até mesmo os sapatos. Que o que mais as atrai é o sentido de humor. Tretas. Posso assegurar-vos que aquilo que conquistou todas as minhas namoradas ao longo do tempo foi a minha aletria com canela. Ou
Se me perguntarem qual foi o melhor jantar que tive nos últimos meses, posso sem sombra de dúvida dizer que foi na minha própria casa, ontem à noite. Eu e o meu gato Baltazar, sozinhos, instalados no sofá com um tabuleiro e um prato de massa a fumegar.
Um dia tive uma epifania. Ia dedicar-me à jardinagem. Bom, não à jardinagem a sério, que um apartamento na cidade não dá grande margem para devaneios. Mas iria, pelo menos, aproveitar a varanda para dar um pouco mais de cor à minha vida.
Tenho um grupo de amigos que se costuma juntar todos os meses para uma noite peculiar: um de nós cozinha o jantar e depois passamos o serão a jogar um quiz de cultura geral.
Ontem o Pedro, o meu marido, foi a uma consulta de rotina. Surpresa das surpresas, tem o colesterol mais alto do que seria desejável. Há meses que eu o andava a tentar convencer a experimentar um estilo de vida mais saudável. Hoje foi o dia em que consegui!
A minha melhor amiga fez ontem anos. E organizou o jantar de aniversário num sítio diferente: um mercado de rua, onde há comidas de diversos estilos e origens, da China ao Peru. Uma ideia que me pareceu estranha ao início, mas que acabei por adorar!
Os meus amigos dizem-me que tenho um problema. Que um destes dias organizam uma intervenção para eu me libertar deste vício. Dizem que já não aguentam mais. Eu sei que eles estão a brincar, mas confesso: sou viciado em massa.
De um momento para o outro, o meu namorado foi trabalhar para Londres. Foi um pouco inesperado, mas uma oportunidade profissional fabulosa, que não podia mesmo recusar. O único problema? O rapaz não sabe sequer cozer massa. Ou melhor, não sabia!
Uma das melhores coisas que se pode fazer numa cidade ao fim de semana é passear por uma feira de velharias ou de antiguidades. No meu caso, gosto de ir sozinha, com vagar, para ter tempo de fazer descobertas. E nunca me arrependo.
O meu filho Miguel já me acostumou aos dias sempre emocionantes, cheios de surpresas, imprevistos e todo o tipo de peripécias. Mas o que fazer quando um miúdo de oito anos nos diz que convidou todos os colegas da turma para irem dormir lá a casa?
Uma pilha de nervos. Era assim que me encontrava hoje de manhã, ao fazer o caminho até à escola do Afonso. O primeiro dia de aulas do meu bebé! Que já não é bebé nenhum: tem seis anos e um ar muito importante, porque já está no 1º ano.
O João fez há dias oito anos. Por isso pensámos: e se fizéssemos a festa ao ar livre, num jardim? Foi o plano perfeito para uma tarde de domingo, rodeados de amigos, gargalhadas, música e, claro, bolo!
Hoje, após três tentativas de sair de casa – depois de voltarmos atrás para ir buscar a geleira esquecida, para verificar se o gás tinha ficado fechado, e ainda, novamente, para ir buscar os lápis de cor da Sofia, conseguimos ir de férias!
Há um ditado grego que diz: “Um urso com fome não dança.” E a mim, depois de um ano cheio de experiências menos boas, desde o fim de uma relação de muitos anos até ao ficar sem emprego, apetecia-me tudo menos dançar. Até que fui parar a Santorini.
Estávamos a viajar num comboio há quase sete horas. Já não tínhamos posição, a tentar dormir num banco que era demasiado pequeno para os dois. E eu, frustrado por não conseguir dormir, só pensava: “Que raio de lua-de-mel fomos nós arranjar.”
Ontem, quando cheguei a casa, estava a dar o filme “Casablanca” na televisão. Apesar de conhecer algumas cenas de cor, nunca tinha visto o filme por inteiro. Na verdade, nas minhas memórias, tenho bem presente a minha última viagem a Marrocos.
Partir em grupo, rumo às férias, é uma aventura que só pode melhorar se os primeiros dias tiverem logo como destino “aquele” festival. E esse verão foi realmente de loucos!
Sabem aquelas resoluções de Ano Novo que todos fazemos? Bem, ou quase todos... Eu cheguei aos 30 anos sem nunca ter pensado sequer fazer uma dessas listas. Deixar de fumar, fazer mais exercício, mudar de emprego, viajar mais, encontrar o amor da minha vida...
Éramos sempre uns 10 ou 12 a almoçar, em redor do balcão da copa. Trabalhávamos no mesmo local, mas não juntos. Explico melhor: cada um tinha a sua atividade enquanto freelancer, uns eram programadores, outros designers, fotógrafos, tradutores...
Estávamos na primeira fila, agarrados às grades. A verdade é que ainda ontem não nos conhecíamos, mas há um sentimento qualquer que se gera quando seis desconhecidos passam horas sentados à frente de um palco para ver aquela banda. A melhor banda de sempre.