Cada vez mais se recorre a refeições ultracongeladas, prontas a ir do congelador ao forno. Uma solução rápida, prática e mais económica do que as refeições fora de casa. A ausência de corantes e conservantes é um sinal de qualidade.

Sou uma grande defensora do frio enquanto forma de conservar os alimentos”, explica Alexandra Duarte, responsável pela inovação e desenvolvimento das receitas na Eurofrozen, no Feijó, Almada. A palavra “frio”, neste contexto, significa ultracongelação a uma temperatura de -18ºC. Só assim se consegue travar o desenvolvimento de bactérias nocivas para a saúde e manter as propriedades nutricionais e organoléticas dos alimentos, até chegar a altura de os consumirmos em nossas casas.

Nesta fábrica, os alimentos são conservados apenas pelo frio, sem adição de conservantes nem de corantes e de acordo com todas as normas de certificação de qualidade em vigor. O esparregado ou o bacalhau com natas, por exemplo, são feitos tal e qual como em casa, com a diferença da quantidade confecionada. Cada panela desta cozinha tem capacidade para 40 litros e há várias cozinheiras a contribuir para a mesma receita. Só a massa folhada a ser misturada, amassada, dobrada e recortada ocupa praticamente uma sala inteira, embora aqui o trabalho seja feito quase todo por máquinas e tapetes rolantes.

Uma vez pronta, a receita é embalada por doses nas cuvetes metalizadas e segue para uns túneis de baixa temperatura, enquanto aguardam a embalagem de cartão antes de serem ultracongeladas.

A Eurofrozen é responsável pela marca “Cozinha Pronta” e faz receitas para quase todas as marcas próprias da distribuição em Portugal. Na verdade, 60% da produção destina-se às cadeias de grandes superfícies, 16% à exportação e o restante à marca da casa e à linha para restaurantes Food Service.

O que diferencia então, as marcas dos supermercados das embalagens “Cozinha Pronta”? “A quantidade de bacalhau, por exemplo, ou a qualidade da carne de pato utilizada”, explica Marta Mendes Pires, administradora da empresa. É que “ o fator preço continua a ser o determinante da compra, mas há um limite a partir do qual não podemos baixar”, adianta a responsável. E esse limite relaciona-se, claro, com a qualidade final do produto.

Atenta às tendências e tendo na inovação um dos seus grandes pilares, a Eurofrozen prepara-se para lançar uma nova linha em julho/agosto de 2012, a “Balance”, com quatro produtos de 250 a 300 calorias por dose: frango, peru, massa com vegetais e peixe. Aliás, a preocupação com a saúde é visível na investigação e desenvolvimento de produtos adequados a celíacos ou diabéticos, como as massas sem glúten e o pastel de nata sem açúcar, utilizando a sucralose como adoçante (uma receita que ainda está a ser desenvolvida e não se encontra disponível no mercado).

Por outro lado, a exportação tem sido um fator de crescimento da empresa, que atualmente emprega 93 pessoas e é a segunda marca de ultracongelados em Portugal. Podemos encontrar alguns produtos da marca em Espanha, Angola, França, Luxemburgo, Alemanha, Reino Unido, Suíça, Bélgica, Brasil, EUA e Canadá, países onde a gastronomia portuguesa é bastante apreciada e onde existe o chamado “mercado da saudade” composto pela comunidade emigrante. Em 2011, o volume de vendas da Eurofrozen atingiu os 8. 050.000€. Nada mal para uma empresa portuguesa, com certeza.

 

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Ana César Costa