Olhamos para o frigorífico e vemos nesta tão grande conquista do século XX um fiel depositário da boa forma futura de todos os alimentos. Contudo, nem sempre o frio é um bom conselheiro e se para a maçã umas férias a 8 ºC dentro do frigorífico é música para os ouvidos, já o pão pede o aconchego de um saquinho ou da tradicional caixa.
Para que não nos percamos nos meandros da conservação, com risco de estar a dar como fim último o lixo a bens alimentares que durariam dias, senão mesmo semanas nas nossas casas, o site Love Food Hate Waste, deixa-nos boas dicas.
A página, uma espécie de grande manual online para dizer não ao desperdício alimentar, elenca uma vasta lista de alimentos que pedem, ou não, frigorífico, do abacate, aos feijões, dos cereais às ervas aromáticas.
Contas, feitas, há dezenas de dicas alimentares, antecedidas dos argumentos que justificam o nosso cuidado na conservação da comida que adquirimos ou produzimos, no caso vertente alertando para o desperdício no Reino Unido, origem do site: “comida é algo que une. É algo que é cultivado e amado meses a fio antes de chegar às lojas. É uma atividade social, um conforto, algo essencial e um luxo. E, no entanto, nos lares do Reino Unido, desperdiçamos 6,5 milhões de toneladas todos os anos, dos quais 4,5 milhões são bens ainda aptos ao consumo. Não estamos a falar das cascas dos ovos ou ossos das galinhas. Falamos no desperdício no prato, as côdeas de pão ou cascas de batata, tudo que poderia ter sido transformado em algo delicioso”.
Se ao leitor lhe custar “pesar” estas 6,5 milhões de toneladas, siga o exemplo que nos é deixado pelo Love Food Hate Waste: “o suficiente para encher 38 milhões de contentores do lixo”.
Uma realidade que pode ser transponível para o retângulo nacional como aqui demos nota em entrevista à investigadora Iva Pires, autora do livro “Desperdício Alimentar”.
No caso vertente e focando a atenção nas dicas que nos são deixadas no Love Food Hate Waste, focamo-nos em meia dúzia de alimentos, seguindo os conselhos descritos na página.
Maçãs: Guarde-as no frigorífico. Irão durar mais tempo do que se deixadas na fruteira e à temperatura ambiente.
Pode conservar as maçãs no congelador depois de fatiadas, cozidas rapidamente em água fervente. Congele-as numa única camada e, de seguida, embale-as em sacos de congelamento. Pode usar mais tarde em bolos.
Bananas: Mantenha-as num local fresco e seco. As bananas escurecem no frigorífico.
Se as bananas amadurecerem muito rapidamente, descasque-as e guarde-as no congelador para usá-las mais tarde.
Bolo sem creme: Pode ser armazenado num recipiente hermético à temperatura ambiente. Se o quiser guardar no frigorífico, embrulhe-o primeiro em folha de alumínio culinária (para evitar a absorção de odores). Mais tarde, saboreie o bolo à temperatura ambiente.
Os bolos podem ser congelados. Faça-o com o bolo às fatias. Coloque um pedaço de papel vegetal entre cada fatia, antes de as congelar. Isto para impedir que se colem e para que possa descongelar à medida das necessidades.
Ovos: Devem ser conservados no frigorífico.
Para os congelar, parta-os para dentro de um recipiente e tape-o. Pode, antes, separar as gemas das claras se quiser usá-las para pratos diferentes. Certifique-se de rotular os recipientes para identificá-los facilmente mais tarde.
Mel: Não precisa de frigorífico, basta mantê-lo num local fresco, longe da luz solar direta, num recipiente bem fechado.
Cogumelos: A melhor maneira de armazenar cogumelos é no frigorífico, na embalagem original ou num saco de papel.
Pode congelar cogumelos crus ou cozidos. Fatie-os e congele-os numa bandeja (para que não colem) e transfira-os, depois, para um recipiente fechado.
Nozes e outros frutos secos: Armazene-as em frascos em local fresco e seco.
As nozes podem ser congeladas num saco selado ou num recipiente hermético.
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