Quanto mais amarela a manteiga melhor é para cozinhar
A cor dos pastos varia consoante as regiões e a época do ano, assim irá variar o leite da vaca e, consequentemente, um dos seus subprodutos, a manteiga. As próprias raças de vaca apresentam grandes variações. Com tal diversidade é lógico que a cor da manteiga não seja, por si só, fator para determinar a sua qualidade. Uma mesma manteiga pode até apresentar-se mais clara no verão e mais escura no inverno, estando isso relacionado com a cor da erva que alimentou os animais. O que a indústria alimentar por vezes faz para manter a uniformidade do aspeto da manteiga ao longo do ano é adicionar-lhe corantes aprovados (ex. caroteno).
A casca de cebola na água da cozedura acresce cor ao marisco
Faça a seguinte experiência. Leve dois tachos ao lume e coza porção idêntica de marisco, por exemplo lavagante. Num dos tachos acrescente à água e ao sal, duas ou três cascas de cebola. No outro não acrescente cebola. No final não vai encontrar diferença na cor entre as duas doses de marisco. O calor da água fervente aciona um pigmento avermelhado (o carotenoide) na casca do lavagante ou do camarão, dai a alteração da cor do acinzentado para o encarnado.
Uma tarte com maçãs grandes e lustrosas fica mais saborosa
A “cera” que encontra aplicada, por exemplo, nas maçãs, não é mais do que um conservante que a indústria alimentar acresce à fruta para reter a humidade da mesma. A fruta fica mais fotogénica e, obviamente, ao reter humidade não se arrisca a ter perdas de peso, mirrar e perder textura. Peras, pimentos, pepinos, laranjas, maçãs, ameixas, são alguns dos frutos e vegetais na longa lista dos “encerados”. Em si a cera industrial pode não constituir um problema, pois são aplicados produtos naturais. Não será, contudo, uma mais-valia alimentar ou acréscimo de qualidade numa fruta sensabor. O que pode não acontecer na chamada “fruta feia”, geralmente mais barata, apenas desmerecida pela indústria e pelo consumo por não ter um aspeto perfeito em termos de cor, formato e calibre.
Um bom champanhe eleva o sabor de um cozinhado
Em boa verdade até pode com este procedimento alterar o sabor do cozinhado. Mas, se pensarmos que aquilo que define o champanhe é o seu carácter efervescente, não há mais-valia entre usar esta bebida e um vinho banal, pois vai-lhe retirar todo o gás durante a cozedura. Faça a seguinte experiência. Sirva o champanhe e deixe-o a repousar alguns minutos. Depois beba-o e perceberá que até um champanhe de topo perdeu muito do que o define.
Devemos fazer os doces com açúcar mascavado
Do ponto de vista nutricional, o açúcar castanho apresenta um valor nutritivo quase tão baixo quanto o açúcar branco. O melaço, um subproduto da refinação da cana-de-açúcar está presente no açúcar amarelo o que lhe confere o tom castanho e o sabor caramelizado. Na realidade, o maior contributo que o açúcar mascavado traz a uma alimentação mais saudável prende-se com o facto de ser mais doce. Isto é, pode ser usado em quantidades menores, por exemplo na produção de bolos.
Acrescentar um óleo alimentar à comida de forno torna o molho mais suculento
Uma gordura sólida, como a margarina, a manteiga ou a banha conferem um sabor mais agradável e uma melhor textura a alimentos confecionados no forno. Isto porque, no forno, o óleo agrega-se e não se espalha uniformemente no alimento, ao contrário das gorduras sólidas. Tão pouco devemos fazer uso de um óleo de fritura para assar no forno. Isto porque um óleo para o forno tem de ter um ponto de fumo mais baixo do que um óleo para fritar. Nunca é demais alertar para o uso moderado destas gorduras sólidas, nomeadamente a margarina, uma gordura hidrogenada que pode contribuir, entre outros, para problemas cardiovasculares, aumento do colesterol LDL, hipertensão, obesidade.
O azeite extra virgem é ótimo para cozinhar
O azeite extra virgem é excelente para temperar uma salada, regar com conta peso e medida, por exemplo, um peixe cozido. Utilizá-lo a altas temperaturas, em frituras, assados ou guisados é desperdiçar um alimento nobre e não traz vantagem face à utilização de um azeite virgem, por norma mais barato. A temperaturas altas, o azeite extra virgem vai perder a maior parte de seus benefícios, levando à volatilização dos polifenóis entre outros componentes saudáveis.
O panado fica mais saboroso se entrar logo na frigideira
O alimento panado é banhado pela seguinte ordem: farinha (temperada, ou não), ovo batido (não bater muito) e pão finamente ralado (de preferência em casa). O ovo, para além de conferir sabor, tem a função de operar como cola para o pão ralado. Como em muitas outras coisas, a pressa é aqui inimiga da perfeição. Banhar o panado nos três elementos e levá-lo logo ao óleo quente permite que muito pão ralado se solte no processo de fritura. Esses pedacinhos vão queimar e conferir um sabor amargo ao alimento. O ideal será colocar o panado a descansar 20 minutos na grelha do forno à temperatura ambiente. Terá, assim, oportunidade de pingar todo o pão ralado em excesso.
As ervas aromática no início da cozedura acrescentam sabor ao prato
Acrescentar salsa, coentros, hortelã, ou outra erva aromática no início de um cozinhado, não lhe vai acrescentar sabor e é um desperdício de dinheiro e ingredientes. O aroma destas ervas não resiste a altas temperaturas. Desta forma, uma erva aromática fresca, dificilmente resiste a longos minutos num tacho e, muito menos, se o fogo for intenso. Desta forma, as ervas aromáticas só devem entrar na confeção no final da mesma, pouco antes de desligar o lume.
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