No que toca a combinar gelados com vinhos, entregue-se a pequenas extravagâncias e faça os seus próprios ensaios: comece por um gelado de baunilha e regue-o com um licor da Beira.
Continue, num outro dia, servindo um gelado de castanha com uma colherada do molho resultante das próprias castanhas confitadas em Armagnac.
Atreva-se com um gelado de chocolate com Grand Marnier ou um creme gelado de café com whisky de malte. O equilíbrio do álcool com o açúcar, o leite e demais ingredientes, como o chocolate, uma maçã confitada ou frutos secos, tudo reunido num mesmo manjar, pode ser extraordinário.
No caso dos sorvetes, muitas receitas são excelentes digestivos e francamente saudáveis, podendo substituir a própria fruta fresca. Porventura não imagina quão saboroso e refrescante pode ser um sorvete de medronho ou de tangerina. E com um sorvete de frutas pode fazer o melhor batido refrescante que alguma vez provou.
Deve é garantir a naturalidade dos seus ingredientes, senão vai sentir grânulos, farinhas, espessantes e deitará tudo a perder.
Outra combinação do vinho aos gelados ou sorvetes e que conquista palatos exigentes: duas pequenas taças de gelado de frutos secos e de sorvete de chocolate com pimentão, respetivamente, colocadas a preceito frente a dois cálices, um deles contendo xerez velho e o outro com licor de cereja andaluz. Combinações inolvidáveis.
Ouse experimentar, sobretudo nesta época estival, porque no verão, as temperaturas elevadas, a praia, os passeios e a convivência fazem parte do imaginário gastronómico do gelado. Um alimento interessante e equilibrado para um lanche em tempo quente.
Imagine um gelado de baunilha com pedaços de bolacha de manteiga e compota de ameixa. Ou um gelado de manga sobre uma bolacha Maria fresquinha, regado com um topping natural de amora, comido imediatamente.
Isabel Sottomayor
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