A água equilibra a degustação de vinhos, principalmente no decurso de uma refeição - ou já viu uma mesa posta sem copo de água?
Entre dois vinhos, torne-se um excelente árbitro e provador não os misturando, ao proporcionar um compasso de espera através de um bom gole de água pura, muito pouco mineralizada, assim impedindo distracções como o sabor a cálcio ou a metais.
Mas não a tome fresca, pois vai adormecer os sentidos. O que pretende não é resolver a sede – é ter uma nova experiência. Por isso, mantenha a água à temperatura ambiente, como veludo.
Se o vinho for encorpado e velho, pode acompanhá-lo com uma água muito mineralizada – a água retida num manancial milenar tem potencial para elevar os taninos distintivos desse vinho, pouco ácido. O mesmo não se aconselha com um vinho novo, selvagem e com taninos muito acirrados.
Finalmente, se se quiser assumir como um verdadeiro excêntrico, então, ofereça-se a água mais pura de um aquífero vulcânico. Após garantir um palato livre de memórias de sabores e texturas, nunca um vinho lhe irá saber tão bem.
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