Espreite os lineares dos supermercados, os cestos da mercearia do seu bairro, até mesmo o frigorífico (quantas vezes nos surpreendemos com o que dentro dele encontramos) e um mundo de sabor e de cor se abrirá.
Cherovia (também a conhecemos como pastinaga), mandioca, brócolos, abóbora, cebola, couve-de-bruxelas, tomate, funcho, curgete, espargos, um infindável elenco de alimentos, espreitam em busca da oportunidade de lhe garantirem à mesa diversidade no acompanhamento, ou mesmo como refeição principal.
Tudo isto com uma cereja no topo do bolo: são pouco exigentes, casam na generalidade muito bem entre si e proporcionam-nos uma refeição que reconforta.
Há, contudo, que saber mimar estes alimentos ricos de nutrientes. Não queremos um assado estorricado, antes caramelizado com as propriedades dos vegetais.
Faça a sua seleção de vegetais, não se acanhe
Vamos por partes. Façamos uma seleção de seis vegetais para este nosso assado: cherovia (uma prima da cenoura), cenoura, abóbora, couve-flor, beringela, batata-doce laranja. No final conte com perto de um quilo, somados todos os ingredientes.
Trata-se, somente, de uma sugestão. Pode combinar os ingredientes por cor, por opostos de tonalidade, por exemplo.
No corte também está o segredo
Importante é que corte todos os vegetais com uniformidade de tamanho, obedecendo à regra de o fazer em pedaços pequenos. Uma operação muito importante para assar todos os alimentos em tempos idênticos.
No caso dos vegetais propostos pode deixar-lhes as cascas, são nutricionalmente interessantes e saborosas. Cuide de lavar bem os vegetais antes de os cortar.
Agora, o azeite com conta, peso e medida
Posto isto, vai levar os seus vegetais a uma tigela larga e misturá-los com azeite (extra virgem é opcional) ou óleo de coco. Não os encharque no azeite. Duas ou três colheres de sopa serão o bastante para os deixar untuosos, com um tom lustroso muito fotogénico.
Não hesite em pôr a mão na massa. É crucial nesta fase conferir homogeneidade a todos os alimentos. E, não menos importante, uma pitada de sal fino (uma colher de sobremesa rasa será o bastante) e pimenta-preta, se esta última for a seu gosto. Não hesite se considerar interessante adicionar um pouco de tomilho, ou alecrim. Não há uma regra imposta, trata-se do seu gosto e vale improvisar.
O forno à temperatura certa
Nesta altura já terá o seu forno doméstico a pedir-lhe os vegetais. Isto porque, previamente, lhe deu temperatura. O ideal é aquecer entre os 200 e os 220 ºC.
Não os limite, dê espaço aos seus vegetais
Untados os vegetais, vai agora levá-los a uma assadeira. Escolha-a larga, pois os seus alimentos querem espaço para respirar. Espalhe-os na superfície da assadeira. Um assado uniforme não pede vegetais em modo sardinha em lata. O resultado neste caso? Não irão assar, antes estufar nos seus próprios sucos e o resultado final irá defraudar.
Resista à tentação, nesta fase, de acrescentar mais azeite (ou outro óleo alimentar) aos seus vegetais.
Ao fim de 20 a 25 minutos pique os alimentos. Se lhe parecem tenros, embora ainda firmes, aos dentes do garfo, estará na hora de terminar o assado. Acresce que devem apresentar um tom vivo (não baço) e os extremos levemente caramelizados (torrados).]
Tenha em consideração que os vegetais mais duros, como a batata e as cenouras, cozinham mais lentamente. Os mais macios, como a abóbora, mais rapidamente. Uma cenoura assará em 30 minutos, umas pontas de espargos em dez minutos.
Desta forma, não descarte a possibilidade de, seguindo esta regra, mais macio/mais duro, separar os vegetais por duas assadeiras. Pode, assim, gerir a maciez com mais facilidade.
Esta pronto. Tão simples como isto e extremamente gratificante. Por que não juntar ao seu assado um pouco de seitan? Ou mesmo fruta fresca e frutos secos? Um assado que vai acompanhar muito bem, por exemplo, um tabuleiro de carne no forno (cozinhando-os separadamente).
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