Se ao primeiro Ararate os proprietários chamam de “casa”, o segundo espaço pode ser chamado de “museu”, uma vez que, todos os elementos representam a cultura Arménia. A cozinha da Arménia come-se à mesa deste restaurante, feita com ingredientes frescos e especiarias, transformados em receitas ricas. O conceito é de partilha, e a carta é focada nos produtos da cozinha do Cáucaso. O chef Andranik Mesropyan, que veio viver para Portugal para abrir o primeiro Ararate, assume também a cozinha do novo restaurante. Mais uma vez, apresenta pratos tradicionais, que se traduzem numa explosão de sabores fiéis às receitas originais arménias e dos países vizinhos, como a Geórgia.
Começamos pelos amuse-bouche, com uma oferta de padaria que contempla várias opções de pães tradicionais: o Junguyalov Khatz (pastel de pão achatado com recheio de verduras finamente picadas, 12 euros), o Khachapuri com queijo (pastel típico georgiano, recheado com queijo, 12,5 euros) ou o Pastel com feijão (pastel com feijão vermelho e ervas aromáticas da Arménia, 10,5 euros). Ainda a destacar, as sopas típicas como a de Abóbora (abóbora com mel, azeite, alho, sementes de girassol e hortelã, 4,5 euros) e Sopa de iogurte spass (cereal – trigo integral dzavar, Matzun – leite fermentado e ovos, 5,5 euros).
Nas entradas e no que respeita a opções frias, refira-se o Peru em molho de nozes satsivi (pedacinhos de peru preparados a baixa temperatura em molho de nozes com alho e especiarias, 8,9 euros) e opções quentes como a Salada de legumes grelhados hamest taty (legumes grelhados no carvão, passados em manteiga ghee com cebola e coentros, 9,5 euros). A estrela é o Dolma, rolos de carne picada em folhas de videira.
Nos pratos principais o grande destaque vai para as carnes grelhadas em carvão, para o peixe e para os vegetais: Ensopado kchuch (peixe, pimentos, batatas e cenouras, 19 euros), Sopa de grão-de-bico Putukh (lombo de borrego, grão-de-bico e legumes suculentos, 19 euros), Espetada de vitelão (18,5 euros), Khabab de carne picada de borrego (17 euros), Espetada de cogumelos (7,5 euros), entre outros que ficam por descobrir.
Nas sobremesas, o protagonismo recai na Gata, uma sobremesa típica da Arménia, bolinhos de massa folhada com recheio de açúcar e manteiga (7 euros).
No que toca aos vinhos, no novo Ararate bebe-se sobretudo a Arménia, um país rico em produção vitivinícola. A oferta é variada e para todos os gostos, mas os vinhos que mais se destacam são: os Vinhos Orange em Talha, o tradicional Vinho de Romã e até mesmo os espumantes, nomeadamente o Espumante Takar Brut Nature.
Outra das grandes novidades, é o lançamento de um novo suplemento na carta, com pratos autênticos, que vão mudando ao longo do tempo.
O novo restaurante tem uma zona especial, dedicada aos jantares de grupo com uma mesa corrida, que proporciona momentos de partilha com amigos e família. Aqui, a regra é ficar nas mãos de quem sabe e deixar a comida vir, sem pressas e sem receios, para uma experiência surpreendente.
A decoração do restaurante traz um pouco mais da Arménia, e tem como elemento principal a Romã, símbolo mágico de prosperidade, fertilidade e abundância. Os tapetes tradicionais originais ornamentam as paredes, assim como o alfabeto arménio e outras peças originais na Arménia. As madeiras são todas feitas pelo artesão português António Leão, que trabalha com o grupo há vários anos.
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