Uma queda de até 100 cabelos diários faz parte da renovação natural da massa capilar. A partir daí, o caso muda de figura. Se um homem deixa cada vez mais cabelos no seu pente ou almofada, se descobre entradas e sente o seu cabelo menos denso, quanto mais cedo consultar o especialista, melhor. Quando o cabelo demora alguns anos a crescer numa zona é porque os folículos já estão cicatrizados e não vão voltar a gerar um novo cabelo.
A alopecia é um processo degenerativo, que atualmente ainda é impossível de erradicar totalmente, mas pode-se atrasar o máximo possível. Quanto mais cedo se tentar solucionar, melhores resultados se obtêm. Estas são três das soluções químicas disponíveis no mercado a que pode recorrer:
1. Aminexil e Minoxidil
O minoxidil foi o primeiro a aparecer, e logo de seguida surgiu o aminexil, com uma aplicação mais fácil. São moléculas que, separadamente ou combinadas, são incluídas em inúmeros tratamentos com uma concentração de 5%. Têm um efeito vasodilatador que aumenta a corrente sanguínea em torno do cabelo, e neutralizam a enzima responsável por tornar o colagénio rígido, provocando a fibrose.
São eficazes a reativar o crescimento do cabelo e a melhorar a sua grossura, mas não devolvem o cabelo às zonas onde este já não existe. São recomendados como tratamento de choque durante dois ou três meses, e um mês, duas vezes por ano, como manutenção.
2. Finasteride
É o princípio ativo do medicamento Propecia, aprovado em 1998. Foi o primeiro fármaco oral a aparecer contra a alopecia. A finasterida anula a ação da enzima directamente responsável pela queda de cabelo. Atua sobre todo o couro cabeludo e apenas no homem.
Deve-se ingerir diariamente durante, pelo menos três meses e, depois, fazer uma manutenção. Como qualquer outro medicamento, a sua utilização tem de ser receitada por um especialista. Nunca nos devemos automedicar sem controlo médico.
3. Suplementos nutricionais
São complexos à base de aminoácidos enxofrados e vitaminas, destinados ao reforço capilar. Aliviam a queda de cabelo, mas apenas quando esta é causada por stress, debilidade ou carências alimentares. Não são uma solução eficaz para a calvície masculina, apesar de servirem como tratamento adicional.
Outras soluções que também travam a queda de cabelo
Além desses, existem tratamentos profissionais a que (também) pode recorrer, como os três que lhe enunciamos de seguida:
1. Laser
Baseia-se na fotoestimulação. O laser é um tipo de luz que penetra na pele, ativando a microcirculação e o metabolismo celular para reforçar o cabelo. É indolor e sem efeitos secundários. As sessões duram de 15 a 30 minutos e, normalmente, é aplicado através de um pente-laser.
Ultimamente, têm aparecido aparelhos modernos, que melhoram os resultados e chegam a aumentar a irrigação dos folículos em cerca de 54% numa só sessão. O laser é recomendado para qualquer tipo de alopecia, sobretudo em fase inicial. É um bom complemento para reforçar o cabelo implantado recentemente e ajuda a solucionar problemas de caspa e oleosidade.
2. Ozonoterapia
O ozono é um gás, uma forma composta do oxigénio, que se usa com sucesso em várias terapias médicas e estéticas. O ozono puro melhora a oxigenação, estimula a microcirculação e os processos enzimáticos que favorecem a nutrição das células do folículo piloso. Desta forma, conseguem-se revitalizar os folículos, enfraquecendo-os. Também é aconselhável para qualquer problema de queda capilar e costuma ser aplicada em combinação com outras terapias.
3. Massagens capilares
As massagens capilares, tanto manuais como através de aparelhos, têm a capacidade de reativar a microcirculação. Sozinhas, não oferecem grandes resultados, mas como favorecem a chegada de nutrientes ao folículo piloso, constituem um apoio essencial para potenciar o efeito dos tratamentos tópicos.
Texto: Madalena Alçada Baptista
Comentários