“Quis afastar-me da ideia pré-concebida de que as pessoas ruivas são indivíduos caucasianos e de pele clara”, referiu a fotógrafa francesa sobre o ensaio MC1R. “As nuances estão a tornar-se cada vez mais subtis, a noção de que pertencemos apenas a uma comunidade torna-se cada vez mais difícil de verificar”, revelou ao site Mic.
O cabelo ruivo resulta da mutação do gene MC1R, também conhecido como melanocortina 1. Para que um casal tenha um filho com cabelo avermelhado, é necessário que tanto o pai como a mãe carreguem o gene em causa.
Vários especialistas referem que a manifestação do MC1R em pessoas de várias raças está relacionada com a questão da imigração. Segundo a BBC, entre 1-2% da população mundial é ruiva.
Michelle Marshall espera que estas imagens sirvam para alargar a visão limitada que muitas pessoas ainda têm sobre as questões raciais e haja uma maior compreensão e aceitação das diferenças dos outros. “Fico perplexa porque, apesar de sermos todos iguais do ponto de vista biológico, permitimos pequenas variações no que toca à cor da pele, à forma e ao género, ditando a forma como as pessoas devem ser tratadas e encaradas em sociedade”, conclui.
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