A moda das selfies levou, nos últimos anos, mais pessoas a procurar as clínicas de cirurgia estética para melhorar aquilo que os filtros que colocam nas fotografias não conseguem alterar. A garantia é dada por Laurence Benouaiche, cirurgião plástico francês, em entrevista ao jornal francês Le Figaro. «Na nossa sociedade contemporânea, as pessoas passaram a prestar mais atenção à imagem que o seu espelho reflete», assegura mesmo o especialista.
«O olhar tornou-se mais meticuloso. A mais pequena intervenção pode transformar-se num verdadeiro problema», assegura o médico francês, que viu o número de clientes aumentar nos últimos anos. «No mercado laboral, a juventude também passou a ser uma espécie de concorrência. Todos querem parecer mais novos, sobretudo as mulheres», assegura o cirurgião. «A imagem profissional nunca foi tão importante», refere ainda.
Nos últimos anos, os preços também baixaram, o que facilitou a democratização destes processos. «Já não se pode dizer que a cirurgia estética é uma coisa dos VIP. Neste momento, os pacientes são mais pessoas da classe média com um poder de compra acima da média», garante também Benjamin Asher, diretor científico do IMCAS, o congresso internacional que anualmente reúne os maiores profissionais do setor em Paris.
Texto: Luis Batista Gonçalves
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