Os valores são avançados pela Grand View Research, uma consultora norte-americana que também realiza estudos de mercado. Em menos de 10 anos, em 2025, o mercado dos implantes mamários gerará receitas de 2.000 milhões de dólares, cerca de 1.840 milhões de euros. «O enfoque crescente na aparência levou a um crescimento deste mercado», pode ler-se numa publicação do site MarketWatch.
Só nos EUA, de acordo com dados oficiais da American Society of Plastic Surgeons, a associação que reúne os cirurgiões estéticos norte-americanos, em 2015 foram feitas mais de 106.000 intervenções. «Um número nesta ordem gera expetativas de crescimento por parte do mercado», assegura a mesma fonte. A maior subida está prevista para o início da década de 2020.
Para trás, apesar dos alertas regulares, parecem ter ficado os receios do início da década de 2010, quando vieram a público notícias relativas a um conselho das autoridades francesas de saúde para que as cerca de 30.000 mulheres que anteriormente se tinham submetido a aumento mamário, com próteses da marca PIP, sigla de Poly Implant Prothesis, realizassem a sua substituição.
«Esta medida, única na história da cirurgia plástica, surge após a suspeita de que o uso das referidas próteses tenha provocado a morte a uma paciente e ainda o desenvolvimento de cancro da mama a outras oito. Em março de 2010, o uso destas próteses já tinha sido proibido, na sequência de estar a ser usado gel de silicone industrial, em vez do devidamente autorizado pelas autoridades de saúde.», escreveu, na altura, Tiago Baptista Fernandes, cirurgião plástico.
A partir dessa altura, os agentes do setor redobraram os cuidados mas, já este ano, a Food and Drug Administration (FDA), o regulador de saúde norte-americano, veio fazer um novo alerta. «Os implantes mamários podem implicar diversos riscos para a saúde, incluindo cancro», escreveu o site Deccan Chronicle, no final de março. «Também há registos de incidentes com mortes», pode ler-se.
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