Esta temporada, a Desigual e María Escoté fazem uma aposta no amor: reivindicam amar as pessoas, a flora e a fauna; amar as culturas e qualquer expressão de género; amar as nossas origens, o nosso presente e tudo o que de bom está para vir.
Os estampados da nova coleção Desigual x María Escoté são uma autêntica orgia reivindicativa de cores, cruzamentos de espécies, fantasias e referências estéticas japonesas. Como pano de fundo, um sem-fim de flores e de motivos animal print, brincando a amar-se.
Os artigos da coleção misturam street casual com chic, modelos oversize com cortes super justos, peças femininas e unissexo. Sem tabus! Foi desenhada para abraçar todo o tipo de corpos e ser usada por pessoas de qualquer idade.
A proposta não liga a etiquetas e reivindica a singularidade e o estilo genuíno que a Desigual e María Escoté partilham. É assim que o expressa a própria designer: «Sexy Planet fala de diversidade, fala de um planeta de gente diferente, fala dessa diferença como identidade, da magia de nos sentirmos diferentes, da mestiçagem, da mistura, e convida a sair para reconquistar este planeta.»
A cor, a mistura e a diversidade são vínculos chave entre María Escoté e a Desigual, assim como a aposta em mulheres fortes, talentosas e empoderadas.
As protagonistas de Sexy Planet
Segundo María Escoté, «para que este planeta seja ainda mais sexy, precisamos de liberdade e respeito.» Assim o reivindica a campanha, protagonizada por cinco mulheres diversas, que proclamam mensagens potentes desde a sua própria experiência de vida: Ilona Staller «Cicciolina», Lea T, Carla Díaz, Bikôkô e a própria María Escoté.
Elas verbalizam as ideias que articulam a coleção: o empoderamento, a paz, a autoestima, a identidade, o amor...
«Algo que realmente me deixa muito feliz nos últimos anos é ver como na minha profissão, na indústria, estou cada vez mais rodeada de equipas de mulheres. Como conseguimos levar a cabo o trabalho, as campanhas, as produções… São equipas cheias de mulheres. E isso é o que me dá mais satisfação .» - diz María Escoté. Não é em vão que a sua mensagem nesta campanha é Man’s World.
F*ck War, a mensagem de Ilona Staller «Cicciolina»
Ícone indiscutível do amor livre, Cicciolina é uma estrela internacional, conhecida pelas suas facetas como modelo, atriz de cinema para adultos e política. Antiga parlamentar do Partido Radical em Itália, desenvolveu também a sua faceta criativa com o seu ex-companheiro, o artista Jef Koons.
Um dos seus momentos mais célebres ocorreu durante a Guerra do Golfo, quando disse a Sadam Hussein que estaria disposta a fazer sexo com ele a troco de ele pôr um fim à contenda.
«Fui à embaixada e diziam-me... Porquê? Eu expressei o meu desejo porque acredito no amor universal e sou contra a guerra. Isto é fundamental para mim. Contra a guerra, as restrições…» – diz Cicciolina. «Sou a favor do amor, amor entre os povos, entre as pessoas. As pessoas não devem odiar-se, as pessoas devem amar-se.»
Fear Love, a mensagem de Bikôkô
A cantora Bikôkô define o seu estilo musical como uma mistura de influências. Ela adora R&B e soul e combina-os com toques de música africana, do oeste do continente e de países como Mali ou Tanzânia. O seu pai é músico de jazz e a sua mãe, uma grande fã das tradições musicais espanhola e cubana.
De toda essa fusão, da soma de raízes diversas, surge o amor pela música e a sua reivindicação da diferença. «Há coisas que deixava de fazer, sobretudo quando era adolescente, por receio», conta Bikôkô. Mas acrescenta que agora se encontra num momento em que aprendeu a «deixar-se levar». «Se perderes o medo de amar, de seres como és, os outros também te amarão», conclui.
Labels People, a mensagem de Lea T
Lea é uma pioneira. Em 2010, foi a primeira modelo transexual a protagonizar uma campanha global (fê-lo para a Redken, a marca para profissionais da L’Oréal) e desde então trabalhou com uma boa mão cheia de marcas internacionais.
Nos Jogos Olímpicos de 2016, foi a primeira pessoa transexual a desfilar com a bandeira de um país. Mas se há uma bandeira que Lea T iça com veemência é a da inclusão e superação dos estereótipos.
«Faço parte de uma comunidade, mas não sou uma etiqueta. Antes de dizer que sou uma mulher trans, sou uma mulher negra, sou uma mulher indígena.»
Como protagonista de uma coleção que resiste aos estereótipos, Lea T reflete sobre o reducionismo das etiquetas, que limitam tudo ao sexo, ao género, à raça...
«Devemos prestar atenção e evitar universalizar os grupos, deixando de lado os indivíduos. Eu não sou uma coisa, sou milhares de coisas... A minha história inclui tantas!», indica. «Devemos preocupar-nos por tentar viver num planeta com pessoas diversas, realidades diversas e com espírito crítico», termina.
Others You, a mensagem de Carla Díaz
A atriz Carla Díaz define-se como uma alma livre, que adora pintar, tocar guitarra e dançar flamenco ou ballet. Há anos que tem estado a construir uma carreira de sucesso como intérprete e agora goza um merecido reconhecimento graças ao seu papel na série Élite (Netflix).
Milhões de pessoas seguem-na nas redes sociais, apesar de ela confessar que aprendeu a gerir a sua notoriedade à base de reforçar a sua autoestima.
«Penso que é muito importante olharmos muito para dentro de nós, e cuidarmo-nos muito e escutarmo-nos muito», diz ela. «Ter uma boa autoestima e estar confortável na própria pele é o que nos traz a felicidade», acrescenta. «A mim – assegura – é o que me está a ajudar a suportar bem toda esta loucura.»
«Se tu estiveres bem contigo mesma – continua – e te sentires bem e tiveres a tua autoestima bem e estiveres feliz... Vais alcançar a felicidade, seja onde for. É aí que está o segredo. Não tanto em conseguir êxitos profissionais, mas em conseguir êxitos pessoais.»
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