Com o arranque dos Jogos Olímpicos de 2016 em terras de Vera Cruz, as marcas de vestuário e muitos designers de moda não se deixaram ficar para trás, aproveitando a ocasião para promover as suas etiquetas e (re)lançar tendências. E, mesmo que não seja o maior adepto de desporto, não vai querer deixar de estar a par das peças que foram criadas para vestir os protagonistas deste evento, os atletas. A Salsa, marca portuguesa de ganga, foi a escolhida para vestir os atletas que integram a comitiva portuguesa.
«A Salsa há muito que ambicionava associar-se a um movimento nacional tão importante como este e a associação com o Comissão Olímpica Portuguesa é de facto uma aposta vencedora», refere Filipe Vila Nova, fundador da empresa. Para assinalar esta nova parceria, a marca desenvolveu uma edição limitada de pólos, t-shirts e tops, já à venda na rede de lojas e na loja online da marca, com preços a partir dos 49,90 €.
Esta não é, no entanto, a única colaboração no âmbito do Rio 2016. A equipa de atletas que representa Cuba está a causar sensação por ser vestida e calçada pelo famoso designer francês de calçado Christian Louboutin e por Henri Tai, o jogador de andebol profissional que fundou a loja online SportHenri.com. O vestuário e o calçado desportivo, onde os tons encarnado, branco e preto predominam, que foi apresentado publicamente em Lisboa, está a ser um dos mais falados, com o seu design minimalista mas sofisticado a ser destacado e elogiado.
À semelhança do que aconteceu noutras edições dos Jogos Olímpicos, os Estados Unidos da América terão novamente Ralph Lauren por detrás da criação das suas peças de vestuário. O destaque maior das propostas desenvolvidas pelo criador passa, no entanto, para o blusão bearer jacket azul escuro com as letras USA nas costas, fabricadas num inovador material refletor alimentado por uma bateria. Uma peça única e exclusiva que apenas o porta-bandeiras da comitiva irá vestir.
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Outras colaborações que estão a dar que falar
Quanto à Suécia, a H&M será a marca que ficará responsável pelos uniformes dos seus atletas, que incluem desde de conjuntos para a abertura da cerimónia como para as competições desportivas. Em tons de amarelo e azul, os equipamentos foram apresentados em abril deste ano e têm a particularidade de serem iguais aos que aos atletas que participarão nos Jogos Paralímpicos Rio 2016 em Setembro também usarão neste evento.
Outras são as marcas conhecidas que estarão presentes no percurso dos Jogos Olímpicos 2016 são a Adidas, a Lacoste e a Nike, que veste a equipa feminina de futebol francesa apesar dos desportistas franceses serem equipados pela marca do crocodilo, todas com propostas de looks interessantes e juvenis para os atletas. Quem tem dado muito que falar, mas não pelas melhores razões, é a indumentária escolhida para os atletas australianos. Apresentando de riscas verdes e brancas, foi criado pela Sportscraft, empresa que já participa pela sétima vez no desafio.
O fato oficial, que consiste num combinado saia-casaco, para as atletas do sexo feminino e num combinado calção-casaco para os do sexo masculino, é coordenado com um lenço ou uma gravata de cores fortes, onde sobressaem o amarelo, o verde e o branco. Nas redes sociais, foram já muitos os que demostraram o seu descontentamento, afirmando que o fato que desportistas irão usar enquanto estiverem a representar a Austrália «assemelha-se mais a um fato típico de um vendedor de gelados do que propriamente a um conjunto digno de um atleta olímpico».
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A dupla de criadores norte-americana que está a homenagear a Rússia
Já apelidada de soviet chic, a proposta estética que a dupla Dan Caten e Dean Caten, designers da marca canadiana Dsquared2, desenvolveu para os desportistas canadianos também tem atraído atenções. Muitos interpretam-na como uma homenagem à Rússia, com a participação no Rio 2016 condicionada devido a um escândalo de doping. As opiniões quanto às cores e aos cortes também se dividem.
Texto: Mafalda Baudouin com Luis Batista Gonçalves (edição)
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