1. Há milhares de anos que diversas tribos furaram as orelhas como forma de proteção contra forças demoníacas que, segundo as crenças locais, se apoderavam do corpo através do canal auditivo. De acordo com o site All That is Interesting, acreditava-se que o metal utilizado nesse tipo de prática tribal protegia contra eventuais possessões demoníacas.

2. Apesar não se saber a sua origem, a revista AfroStyle refere que os piercings no nariz são uma prática que remonta a 1500 a.C. e bastante comum no Médio Oriente, África, Austrália, Paquistão e países árabes. Por exemplo, na cultura hindu continua a ser tradição as mulheres furarem a narina esquerda como sinal da sua fertilidade.

3. De acordo com o site Racked, o ato de furar as orelhas é uma prática milenar e que remonta à civilização egípcia. A escolha dos brincos utilizados era feita com base no estatuto social e riqueza da pessoa.

4. Devido aos trajes femininos que estiverem em voga entre os séculos IV e XVI pela Europa fora, os brincos deixaram de adornar as orelhas das mulheres e passaram a ser um acessório usado pelo sexo masculino. Era comum usarem brinco em apenas uma das orelhas.

5. Para além de figuras ilustres – como é o caso do poeta William Shakespeare e do rei Charles I de Inglaterra – os piratas também costumavam furar as orelhas. Apesar de não haver uma explicação clara, acreditava-se que neste caso o brinco atestava a sua experiência no mar, melhorava a visão ao longe e servia com forma de pagar o seu enterro em caso de naufrágio.

6. No caso dos soldados, que usavam piercings nos lábios, este acessório era encarado como um símbolo de coragem. Tal como explica o site Bustle, o tamanho do brinco aumentava ou diminuía consoante o ato de valentia praticado durante o tempo que esteve em combate.

7. Eram muitas as civilizações e povos que furavam a língua por questões meramente religiosas. Tal como refere o The Book of Kink: Sex Beyond the Missionary, a civilização Asteca, Maia e os Tinglits faziam um ritual onde todos os participantes furavam a língua uma vez que se acreditava que esta prática melhorava a comunicação com os deuses.

8. Em diversas partes de África e da América, os peleles continuam a ser bastante comuns entre o sexo feminino. No fundo esta é uma prática tribal que consiste em furar e, posteriormente, inserir um disco ou prato no lábio superior.

9. Ao longo da história, os piercings eram feitos como forma de facilmente identificar a classe social de alguém. Se por um lado os Reis e figuras da nobreza furavam apenas certas zonas do corpo – como é o caso dos lábios, orelhas ou nariz - com brincos em ouro e pedras preciosas, por outro os escravos, judeus e prostitutas usavam apenas um brinco como sinal da sua baixa condição social.

10. Ao contrário do que se possa pensar, os piercings genitais são uma prática com milhares de anos. Este tipo de alteração e modificação corporal vem referida no livro Kama Sutra e era feita como forma de potenciar o prazer sexual.

11. De acordo com o The Book of Kink: Sex Beyond the Missionary acredita-se que Isabel da Baviera, que foi casada com o rei Carlos VI e se tornou Rainha de França durante o século XIV, foi responsável por lançar a moda dos piercings nos mamilos.

12. Para além de ser moda, durante o século XVII era comum que os homens solteiros e abastados que estivessem em busca de uma noiva usassem brincos com diamantes ou pedras preciosas. No fundo esta era uma forma de tornarem públicas as suas intenções de matrimónio e evidenciarem a sua riqueza às potenciais interessadas.