Blefarocalásia é o termo técnico para definir o envelhecimento dos tecidos das pálpebras que sofrem um relaxamento. O seu efeito traduz-se em excesso de pele, bolsas ou rugas, que afectam o olhar. A cirurgia plástica ocular surge aqui como uma solução para estes problemas estéticos e funcionais.
No processo de envelhecimento facial, todas as estruturas da pele, tecidos sub cutâneos, músculos e ligamentos seguem uma evolução paralela, Toda a região pálpebral cuja função principal é de protecção ao globo ocular e de todo o aparelho de visão.
Formada por uma estrutura anatómica complexa constituída por múltiplos e pequenos músculos, estruturas ligamentares muito delicadas, tecido subcutâneo ricamente irrigado e enervado. Não temos dúvidas que tendo como base esta matéria-prima para trabalhar, o cirurgião plástico tem que reconhecer a dificuldade da cirurgia em si, de modo a torná-la tão natural quanto possível, sem qualquer dano adi¬cional.
Com o envelhecimento, a região orbitária sofre as seguintes alterações anatómicas:
1. Diminuição progressiva da fenda pálpebral devido à blefarocalásia e ao aparecimento de gorduras intra-orbitárias que se tornam salientes a partir dos 40 anos.
2. Rugas pálpebrais finas que se detectam a partir dos 30 anos causadas pela acção do músculo orbicular das pálpebras.
3. Queda das porções latero-externas das pálpebras com redução da fenda pálpebral. Os factores que contribuem para este efeito são: a blefarocalásia, a hérnia de gor¬dura intra-orbitária e ptose da região supracilial.
A blefarocalásia é uma alteração da pálpebra em que ocorre atrofia, atonia e pregueamento da pele das pálpebras, trazendo consequências mais ou menos graves tanto funcionais como estéticas.
Esta alteração pálpebral pode estar associada ou não à herneação da gordura intra-orbitária e, é óbvio que, além do efeito estético extremamente desagradável, o peso condicionado pelo excesso de pele e pelas bolsas gordurosas, constituem um obstáculo mecânico com redução dos campos visuais.
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Uma vez realizado o diagnóstico e planeamento correcto, o terceiro passo será escolher a técnica cirúrgica mais apropriada.
Como se verifica, a blefarocalásia não é, apenas, um problema estético mas também funcional e por isso deve, em tempo certo, ser corrigida. De sublinhar ainda a importância do diagnóstico, pois trata-se de um factor determinante para o sucesso da cirurgia que pretende sublimar o olhar.
Agradecimentos: José de Mendia, especialista em cirurgia plástica pelo serviço do Dr. Ivo Pitanguy – Brasil, sub-especializado em plástica ocular
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