São inestéticas e, por vezes, dolorosas, amargurando a nossa existência. Pioram ou tornam-se mais evidentes no verão, obrigando-nos a esconder as pernas atrás de calças ou saias compridas. Acabe com este complexo e livre-se das varizes, um problema estético que afeta milhões de mulheres em todo o mundo. Apresentamos-lhe, de seguida, quatro métodos que as eliminam sem cirurgia. Estas são algumas das inovadoras técnicas a que pode recorrer:
- Escleroterapia
Consiste na injeção de um produto (o esclerosante) dentro da veia. É uma técnica pouco invasiva que apenas melhora o aspeto externo (não trata a origem do problema). «É o tratamento mais adequado para as varizes mais finas ou complementar o tratamento cirúrgico de algumas varizes tronculares», explica Emílio Valls, cirurgião.
- Escleroterapia com microespuma
Trata-se de uma nova técnica de esclerose com microespuma e controlo com ecografia, que permite tratar grandes veias sem cirurgia. O método é indolor, ambulatório e permite retomar a vida normal no dia seguinte, com compressão elástica. É ideal para pacientes que não podem (ou não querem) ser submetidos à cirurgia e/ou anestesia.
- Escleroterapia + radiofrequência
Técnica muito recente feita com um equipamento que permite fazer escleroterapia e, ao mesmo tempo, um disparo de radiofrequência para aumentar a eficácia do tratamento. É indicada para varizes pequenas e telangiectasias (os chamados derrames) ou como complemento da cirurgia.
- Laser externo e IPL (luz intensa pulsada)
Mediante a energia da luz pulsada ou do laser são queimadas, seletivamente, as veias finas de cor mais vermelha. É um método adequado para pacientes de pele clara e com veias finas e vermelhas chamadas telangiectasias.
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A cirurgia como recurso
Chama-se flebectomia e consiste em extrair as varizes (ou segmentos delas) mediante pequenas incisões na pele. De acordo com Emílio Valls, «a tendência atual é fazer a cirurgia só nos casos mais graves». Está indicada, essencialmente, em pacientes com varizes tronculares.
A alternativa à cirurgia
Para quem não pretende recorrer ao método cirúrgico, existe uma alternativa, o laser endovascular. Consiste na eliminação das varizes a partir do interior através de energia laser, que depois são reabsorvidas pelo organismo. «Como não retira as veias, o traumatismo é menor, resultando numa intervenção com menos dor, menos hematomas e uma recuperação mais rápida», descreve Emílio Valls.
Como se faz?
O primeiro passo, segundo Emílio Valls, é «efetuar um estudo com Eco-Doppler vascular de modo a realizar um mapa, o mais real possível, da circulação venosa dos membros inferiores e poder ajustar adequadamente o tratamento». A intervenção propriamente dita começa com a introdução de uma fibra óptica na veia insuficiente, através de uma micro-incisão, para a aplicação do laser. A energia do laser encerra a veia a partir de dentro, anulando-a, para que o organismo a reabsorva progressivamente até fazê-la desaparecer. Coloca-se uma compressão elástica que deverá ser usada durante 48 horas.
As vantagens e as desvantagens deste tratamento
O procedimento é feito mediante micro-incisões que, na maioria dos casos, não necessitam de pontos de sutura externos, permitindo a sua realização em ambulatório (sem internamento) e, muitas vezes, apenas com anestesia local, o que acaba por ser muito vantajoso. Este tratamento minimiza os incómodos pós-operatórios, facilitando uma recuperação mais rápida e cómoda do que na cirurgia tradicional. O paciente sai da intervenção pelo seu próprio pé e pode retomar a sua atividade normal após poucas horas.
Uma das desvantagens é que não trata veias muito turtuosas. «Por vezes não consegue realizar-se a técnica, pois as veias são muito curvas e a fibra óptica não consegue progredir», explica o especialista. Se sair fora da veia, a fibra óptica pode provocar pequenas queimaduras, um problema, contudo, evitável com um adequado controlo ecográfico.
Texto: Fernanda Soares com Emílio Valls (cirurgião)
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