Realça os nossos traços, dá-nos segurança, comodidade, poupança de tempo... A maquilhagem permanente ou micropigmentação é uma arte destinada a embelezar o rosto e a corrigir imperfeições através da aplicação de pigmentos de cor na epiderme. Está farta de andar sempre a retocar o bâton, o blush e a sombra dos olhos? Entre numa nova fase e deixe-se disso. Para ver os resultados de quem já experimentou, clique aqui.
A micropigmentação é uma técnica que harmoniza e destaca de forma duradoura os lábios, as sobrancelhas e os olhos. Para além disso, corrige pequenos defeitos ou imperfeições, nomeadamente sobrancelhas e pestanas pouco definidas, sobrancelhas excessivamente depiladas e contorno dos lábios pouco delineado. Dá-lhe a possibilidade de estar bonita 24 horas por dia, mesmo quando faz desporto, acaba de acordar...
Esta técnica já era utilizada na antiguidade, através da colocação de partículas de diversos materiais debaixo da superfície cutânea com o objetivo de obter desenhos permanentes. Aproximadamente 8.000 anos antes de Jesus Cristo já se faziam adornos pessoais com pinturas. Podemos considerar a tatuagem moderna como uma evolução desta moda de desenhar o corpo com intenções de camuflagem ou místico-religiosas.
Foi em 1944 que se começaram a realizar as primeiras tatuagens médicas em enxertos de pele, ainda muito incipientes numa primeira fasse. Posteriormente, nos anos da década de 1970, esta técnica começou a ser utilizada na cirurgia cosmética, graças à melhoria do material utilizado e ao aparecimento de pigmentos antialérgicos de uso médico. Desde essa altura, muita coisa mudou nesta área as inovações sucedem-se.
De que forma a pele reage aos pigmentos?
1. Fase de inflamação
«Depois da realização do tratamento, ocorre uma inflamação dos tecidos, provocada pela penetração repetida das agulhas na camada córnea e pelo próprio pigmento», explica Filomena Bernardo, especialista em dermopigmentação. «É provocada uma vasodilatação, fazendo com que os glóbulos brancos entrem imediatamente em ação. É a resposta do organismo ao intruso (pigmento)», acrescenta a especialista.
2. Fase de cicatrização
A cicatrização inicia-se com a formação de uma pequena crosta a nível superficial. A formação da microcrosta, que dura cerca de três a quatro dias (dependendo do tipo de dermógrafo utilizado), dá a impressão de que a cor escurece, mas esta apreciação enganadora desaparece com o cair da crosta.
3. Fase de reparação
Começa por volta do décimo dia após o tratamento. Neste período, dá-se a reparação da epiderme, a remodelação do colagénio da derme e a redistribuição das partículas do pigmento, eliminando os grânulos que se tinham depositado nas camadas superiores da epiderme pela renovação celular. Nesta fase, ocorre uma diminuição da tonalidade porque o pigmento das primeiras camadas da epiderme é eliminado, consequência da renovação celular e da perda da crosta.
4. Fase final
Passados 28 dias, ocorre a reparação total da derme. As partículas de pigmento distribuem-se entre as fibras de colagénio e à volta dos capilares da derme.
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Conselhos para a sua segurança
De acordo com a legislação vigente, os pigmentos para micropigmentação, utilizados neste tipo de maquilhagem, devem cumprir uma série de requisitos:
- A composição (que deve ser conhecida), o lote, a data de validade, a empresa e o fabricante, devem vir especificados no rótulo.
- No que se refere às propriedades químicas, é essencial que não sejam tóxicas, nem irritantes, sejam estéreis, não apresentem alterações de densidade, as partículas devem ser superiores a seus mícrones (micro-partículas de cor/pigmento) para que permaneçam mais tempo na zona tratada, e devem ter pouca solubilidade.
Texto: Madalena Alçada Baptista
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