O contorno corporal é definido na pele e gordura subcutânea que, juntas, devem evoluir de forma harmoniosa ao longo da vida. Para que tal aconteça, os cuidados devem ser iniciados desde uma idade precoce. Se tal não acontecer, o recurso à cirurgia poderá ser uma solução.

Nos casos em que há uma acumulação localizada de gordura, constata-se que ela é suportada por uma pele de boa qualidade e que ainda mantém as suas propriedades de extensibilidade, elasticidade e tensão.

Por outro lado, existem casos em que houve um exagero da distensão da pele (aumento de gorduras, gravidez) seguido da perda de conteúdo (por emagrecimento ou após o parto), restando, então, um excesso de pele flácida, sem as suas propriedades intactas e com um aspeto envelhecido.

São duas situações extremas que, como todos os casos intermédios, a cirurgia plástica e estética permite resolver através de abordagens distintas. No caso da acumulação de gordura localizada, embora possa haver repercussões na pele (pele em casca de laranja), não há a destruição das suas propriedades físicas, sendo a extração da gordura, através da lipoaspiração, a solução geralmente mais indicada.

O que é a dermolipectomia

Nos outros casos em que há um excesso de pele, privada da sua elasticidade, com ou sem aumento de gordura subcutânea, existe a necessidade de remover esse excesso de pele conjuntamente com a gordura, cirurgia denominada dermolipectomia.

Este tipo de intervenção cirúrgica pode utilizar-se praticamente, em qualquer parte do corpo humano, sendo mais frequentes as dermolipectomias do abdómen (abdominoplastia com ou sem transposição do umbigo) da face interna das coxas e dos braços.

A dermolipectomia obriga a que seja feita uma incisão na pele de comprimento igual à extensão de pele que vai ser removida, embora o cirurgião plástico procure situá-la nos locais menos percetíveis.

É um tipo de cirurgia que pede um cuidado muito especial no tratamento da cicatriz, quer durante o ato cirúrgico quer no pós-operatório, que deverá ser realizado por uma profissional de estética, tendo acompanhamento médico.

A dermolipectomia, é, digamos assim, o mal necessário quando a pele já perdeu a elasticidade e se apresenta em excesso, e a lipoaspiração, por si só não irá resultar. Em quase todos os casos, ambas as técnicas são associadas com vista a obter o melhor resultado possível.

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Agradecimentos: Luís Anjinho, especialista em cirurgia plástica reconstrutiva e estética