As nossas pestanas têm o seu próprio ciclo de vida e duram seis a oito semanas. Têm uma função protetora, impedindo ou dificultando a entrada de corpos estranhos nos olhos. «O uso de pestanas artificiais pode, potencialmente, interferir com a visão, com o crescimento de novas pestanas, causar irritação ou dermatite», adverte Luís Gouveia de Andrade, médico oftalmologista no Hospital Cuf Infante Santo, em Lisboa.
«Por outro lado, as pestanas artificiais tendem a dificultar a normal higiene das pálpebras, aumentando o risco de infeções por bactérias ou fungos. Se se deslocarem, podem ficar alojadas no olho, causando sensação de corpo estranho e lesões traumáticas. Em alguns casos, pode ocorrer alergia ao material das pestanas e, por vezes, a sua remoção é difícil, causando inchaço e irritação das pálpebras», diz ainda.
A ideia é evitar problemas oculares decorrentes de uma má aplicação. «Esta prática deve, por tudo isto, ser feita com o máximo de rigor, por profissionais experientes e devidamente habilitados, com toda a higiene», sublinha Luís Gouveia de Andrade. «Deve também ser feita uma monitorização rigorosa da função visual e da estrutura palpebral pelo médico oftalmologista», acrescenta ainda o especialista.
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