A ginecologista Danièle Flaumenbaum, que tem vários livros publicados em França, defende que os pais devem falar abertamente da sua sexualidade com os filhos desde a mais tenra idade, adaptando o discurso em função da faixa etária e do grau de desenvolvimento e maturidade da criança. A tese, que consta de uma das suas obras, editada em 2006, divide especialistas e educadores há quase uma década. Em Portugal, Quintino Aires, especialista em sexualidade, diz que o sexo não pode ser um tema tabu em casa. Estas são as quatro regras que o psicólogo propõe para abordar o assunto em família:
1. Tranquilidade acima de tudo
«Os pais devem falar sobre sexo como falam de outras coisas. Um truque é não falar especificamente de si próprios porque isso deixa-os aflitos e aos filhos também, mas podem falar do tema usando exemplos de amigos, uma conversa banal à mesa. Os mais novos podem nem fazer perguntas, mas vão ouvir e reter informação», assegura Quintino Aires, especialista em sexualidade.
2. Naturalidade acima de tudo
«Não mudar o tom de voz ou as expressões do rosto quando se fala de sexo. O sexo é uma coisa natural», sublinha o especialista.
3. Coragem acima de tudo
«Mesmo que as crianças e adolescentes não levantem questões, o tema deve ser abordado, por uma razão muito simples, se não fazem perguntas é porque conseguem obter essa informação de outra fonte, que pode não ser a mais correta, como a internet», adverte Quintino Aires.
4. Bom senso acima de tudo
«As conversas sobre sexo devem começar quando os mais pequenos vão para a escola e devem ser ajustadas a cada idade. A educação sexual não é do género senta-te lá que vou explicar-te como é que o pénis entra no canal vaginal, porque isso é biológico», sublinha o especialista.
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