A vice-reitora da Universidade do Porto (UP) defende uma abertura da instituição, com a realização de actividades como os cursos de verão que são ministrados “in situ” em alguns concelhos do Norte.
Maria de Lurdes Fernandes explicou que estão abertas inscrições para as chamadas Universidades de Verão, que, este ano, incidem em concelhos como Miranda do Douro, Arouca, Castelo de Paiva, Baião e Porto.
Os cursos são variados e vão desde a aprendizagem da língua e cultura mirandesas no curso que funcionará em Miranda do Douro, a um outro que será ministrado em Baião e onde estarão em destaque os autores realistas.
“Os temas escolhidos são variados, serão ministrados em regime intensivo e têm uma forte componente cultural e lúdica, já que os alunos vão poder contactar de perto com as realidades locais”, avançou a docente da UP.
No caso de Miranda do Douro, o destaque vai para um curso sobre a língua e cultura mirandesas, que será lecionado na região-berço da segunda língua oficial em Portugal.
“A língua mirandesa, a música, as danças de pauliteiros, a gastronomia e a ocupação do espaço representam formas de vida e de cultura que se distinguem no panorama da cultura popular no território português”, adiantou António Bárbolo, coordenador cientifico do curso de mirandês. “O corpo docente do curso é constituído por especialistas da Língua e Cultura Mirandesas, contando igualmente com a colaboração de outros especialistas em outras áreas provindos quer de Universidades portuguesas (Porto, Coimbra e Minho), quer de Universidades e instituições estrangeiras, como a Universidade de León e Academia da Língua Asturiana (Espanha) e Universidade de Toulouse - Le Mirail (França)”, disse António Bárbolo.
O curso assenta na aprendizagem e prática da língua e cultura mirandesas “in situ” e por imersão, incluindo o contacto com falantes locais e integrando a língua nas múltiplas vertentes da vida quotidiana e das suas formas materiais e simbólicas.
Em simultâneo, decorrerá um programa de visitas de estudo e de oficinas, que permitirá o conhecimento das realidades locais e a aprendizagem de diversas artes populares, da música às danças tradicionais.
Aos estudantes aprovados será atribuído um certificado de curso, com créditos europeus (ECTS) e créditos de formação contínua (CCPFC).
Fonte: Lusa
9 de Maio