Uma em cada quatro crianças está apreensiva em relação à sua aparência física

11 set 2018 10:00

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A notícia não é de espantar, mas ainda assim merece atenção. Uma das maiores preocupações das crianças e dos adolescentes de hoje, além do medo de fracassar e de não agradar aos outros, prende-se com a sua aparência física. Ao ponto de lhes perturbar o sono.

Segundo um estudo da empresa de tecnologia do sono, a Simba, que envolveu mil miúdos britânicos entre os nove e os 16 anos, uma em cada quatro crianças está realmente preocupada com a sua aparência física. A pesquisa revelou que quatro em cada 10 crianças já foram alvo de comentários negativos sobre o seu aspeto. E uma em cada quatro encara a aparência como uma das grandes preocupações da sua vida.

Hope Bastine, psicóloga residente da Simba, comentou esta notícia ao The Independent: “A maioria dos adultos deve lembrar-se da guerra que foi a sua adolescência no que toca à imagem. É aquele momento em que tentamos encontrar o nosso lugar no mundo sem ter de disfarçar quem somos, o que nem sempre é fácil”. Melhor dizendo: é difícil. A especialista diz que “quanto mais incentivarmos a tolerância e celebrarmos as diferenças, mais confortáveis os jovens se sentirão e melhor dormirão à noite”.

O estudo concluiu que um terço dos entrevistados tem vontade de mudar alguma coisa no seu aspeto que consideram “estar errado”, sendo que um em cada seis tem medo de ser diferente dos outros e teme nunca encontrar um lugar onde se encaixe. Sabe-se ainda que 72% dos entrevistados dorme mal devido a este tipo de preocupações, entre uma a três vezes por semana.

Além da imagem física, o estudo descobriu que as crianças britânicas sofrem com questões emocionais, nomeadamente por duvidarem que as pessoas à sua volta gostem realmente delas e as aceitem como são. Mais de um terço dos entrevistados admitiram ter sido obrigados a mudar algo na forma como se comportam só para agradar aos outros, enquanto 18% referiram se mostraram preocupados devido a questões ligadas à sexualidade e 16% admitiram já ter sido obrigados a defender-se de comentários sobre a sua raça.

Como reação ao facto de se sentirem julgados pelos outros, 78% dos participantes sublinhou que as pessoas deveriam ser aceites por aquilo que são.