No total, oito cadáveres foram encontrados em 2015 na casa onde Andrea Goppner vivia, em Wallenfels, na Baviera, Alemanha. Três dos corpos estavam num avançado estado de decomposição o que tornou impossível determinar as causas da morte.

Um outro cadáver era de um nado-morto.

O tribunal de Cobourg, onde decorreu o processo, conseguiu provar que os restantes quatro recém-nascidos foram sufocados até à morte logo após o nascimento.

"Temos de compreender o seu comportamento. Isto não significa justificar os atos cometidos, mas de tentar conseguir compreender", disse Christoph Gillot, presidente do tribunal à agência noticiosa alemã DPA, depois da leitura da sentença.

O marido e a mulher condenada por infanticídio estavam separados e, por isso, o homem foi absolvido da acusação de cumplicidade.

Na primeira sessão do julgamento, que começou a 12 de julho, Andrea Goppner confessou ter sufocado alguns dos recém-nascidos, mas afirmou depois que não se lembrava do número de crianças que tinha matado.

De acordo com a acusação, Andrea Goppner esteve grávida oito vezes, entre 2003 e 2013, e deu à luz as oito crianças em casa, sem qualquer assistência e sem conhecimento do marido.

Ainda segundo a acusação, a mulher, quando os bebés começavam a gritar, usava uma toalha que colocava sobre o nariz e a boca, para os fazer calar.

O casal tem três filhos em comum e dois filhos cada um, de relações anteriores.

Na povoação de 2.800 habitantes onde vivia, ninguém se apercebeu que Andrea Goppner esteve grávida várias vezes ao longo dos últimos anos, tendo sido uma vizinha a descobrir o cadáver de um dos recém-nascidos quando a mulher se encontrava ausente com um novo companheiro.

A polícia acabou por encontrar os restantes cadáveres fechados em sacos de plástico.