Através de uma parceria com a TUCCA – Associação para Crianças e Adolescentes com Cancro, o tratamento é disponibilizado às crianças de forma gratuita. Os médicos garantem que este tratamento, que utiliza uma técnica inovadora, não só possibilita a cura, como pode salvar o olho da criança em 100% dos casos, quando o diagnóstico é feito de forma precoce.
A TUCCA lembra que oferecer um tratamento multidisciplinar de ponta contra o cancro do olho mais comum na infância e salvar a visão da criança é um dos seus grandes objetivos e alerta a população para ficar atenta aos olhos das crianças, sobretudo na faixa etária dos 0 aos 4 anos, idades em que o retinoblastoma tem maior incidência.
Sidnei Epelman, oncologista pediátrico e presidente da TUCCA, explica que estas novas técnicas, que já são reconhecidas mundialmente, permitem salvar o olho e preservar a visão da criança.
O especialista considera que "é um privilégio ter a possibilidade de conseguir não só curar, mas salvar o olho da criança. Antes usava-se muito a técnica de enucleação (retirada do olho), para casos mais graves, mas com a evolução dos tratamentos, a nossa meta passou a ser curar a criança e conseguir salvar os olhos e preservar a visão dessas crianças, já que em 30% dos casos o retinoblastoma é bilateral (nos dois olhos), e com o tratamento por enucleação a criança ficaria cega".
A técnica, designada por quimioterapia intra-arterial (dentro do globo ocular), é realizada na artéria oftálmica, onde é utilizado um cateter, que vai da artéria femural até ao olho da criança. O procedimento é realizado menos vezes do que a quimioterapia padrão e a dose é muito menor, o que traz benefícios para o paciente.
Fonte: PIPOP
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