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“Pensamos que, por força da greve dos professores, por força – e aqui determinante - da participação dos funcionários, vamos ter milhares de escolas encerradas", diz. "Será um dia sem aulas neste país”, disse Mário Nogueira, secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), em conferência de imprensa em Lisboa.
Inicialmente a greve foi convocada pela Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública (afeta à CGTP) para pressionar o Governo a incluir no Orçamento do Estado para 2019 (OE2019) a verba necessária para aumentar os trabalhadores da função pública, cujos salários estão congelados desde 2009.
Mas, após a última ronda negocial no Ministério das Finanças, no dia 12, a Federação de Sindicatos da Administração Pública (FESAP) e o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), ambos filiados na UGT, anunciaram que também iriam emitir pré-avisos de greve para o mesmo dia, tendo em conta a falta de propostas do Governo, liderado pelo socialista António Costa.
Do lado da Educação, a Federação Nacional de Educação (FNE), filiada na UGT e que representa também funcionários das escolas, e não apenas professores, como a Fenprof, já anunciou que vai acompanhar de perto a adesão à greve.
Os trabalhadores da administração pública cumprem a partir da meia-noite uma greve por aumentos salariais, o que poderá levar ao encerramento de escolas, ao cancelamento de atos médicos e comprometer o funcionamento de tribunais e finanças.
As três estruturas sindicais que convocaram a paralisação manifestaram à agência Lusa a sua convicção de que "esta vai ser uma grande greve nacional na administração pública, tendo em conta o descontentamento demonstrado pelos trabalhadores".
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